3 novembro, 2025
segunda-feira, 3 novembro, 2025

SP tem média de 18 atropelamentos por dia. Veja principais locais

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Em São Paulo, a tragédia se repete nas ruas a cada dia: desde o início do ano, a cidade tem registrado uma média alarmante de 18 atropelamentos diários. Somando um total de 4.934 casos, as marginais e grandes avenidas da zona sul despontam como os locais mais perigosos para pedestres. Os dados do Infosiga, do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), revelam que, entre janeiro e setembro, 293 pedestres perderam a vida no trânsito, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior, além de 361 motociclistas falecidos, com um acréscimo de 2,3%.

Nesse cenário desolador, a Avenida Francisco Morato destacou-se com 11 atropelamentos, incluindo um trágico incidente em que um policial militar e um professor se tornaram vítimas fatais em uma noite fatídica. Embora a marginal Tietê seja demarcada como a via mais arriscada, com pelo menos 58 acidentes registrados, ela é também um reflexo da realidade complexa da mobilidade urbana.

Para muitos, como o professor de educação física Gustavo Paulino Izique, atravessar as alças de acesso da Marginal Tietê é um risco diário. “Às vezes, fico de três a cinco minutos esperando para atravessar. Os carros não param, e a faixa de pedestres parece não ser respeitada”, desabafa. Nesse labirinto urbano, a vida se torna um verdadeiro teste de paciência.

A infraestrutura, com calçadas irregulares e a falta de faixas de pedestres bem localizadas, transforma a simples travessia em uma luta. Infelizmente, muitos motoristas, como os que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) observa, não dão prioridade aos pedestres, tornando as vias um terreno perigoso para quem circula. O reciclador Marcelo de Léo, de 60 anos, também sente essa hostilidade no trânsito: “Quando passa um carro da CET, eles ainda dão uma brechinha, mas a maioria não tem respeito”.

A Estrada de Itapecerica e a Estrada do M’Boi Mirim são outros pontos críticos, onde pedestres se tornam vítimas frequentes, mesmo em locais de grande movimentação. “Os tempos de semáforo são longos demais, e isso leva as pessoas a correrem”, observa a vigilante Adelma Oliveira dos Santos.

Diante de tanto caos, a Prefeitura de São Paulo tenta intervir. Medidas como o projeto de Áreas Calmas e o Rota Acessível foram implementadas para garantir a segurança viária, mas os desafios permanecem. Esforços adicionais para ajustar os tempos semafóricos e redesenhar cruzamentos críticos são essenciais, mas a efetividade dessas ações ainda está em questão.

Enquanto o futuro da mobilidade urbana em São Paulo é reavaliado, as histórias dos que lutam para atravessar suas ruas permanecem. O que está sendo feito para garantir a segurança de todos? Você já enfrentou um desafio similar nas ruas da sua cidade? Compartilhe sua opinião e experiências conosco nos comentários.

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