O Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe à tona uma discussão instigante ao republicar, em seu perfil oficial no X, uma entrevista de Steven Levitsky, renomado professor da Universidade de Harvard e autor do influente livro Como as Democracias Morrem. Nela, Levitsky argumenta que o Brasil apresenta um sistema democrático mais eficaz do que o dos Estados Unidos, especialmente quando se fala em resistência a ameaças institucionais.
Levitsky destacou a resposta robusta das instituições brasileiras às crises enfrentadas durante as eleições de 2022, comparando-a com a reação dos Estados Unidos aos ataques ao Capitólio em 2021. “As instituições brasileiras se mostraram mais coordenadas e firmes quando necessário”, afirmou o acadêmico, ressaltando o papel crucial do STF na proteção da democracia sob o governo de Jair Bolsonaro.
No entanto, o professor também fez um alerta. Ele enfatizou que, após a superação das crises, a Corte deve limitar sua atuação. “Sempre que um órgão não eleito passa a formular políticas, a democracia entra em um território arriscado”, observou. Este ponto levanta questões fundamentais sobre o equilíbrio entre poderes e a função do Judiciário.
Levitsky abordou ainda o inquérito que investiga as ações de Bolsonaro após as eleições de 2022. Ele afirmou que o papel do tribunal está claro: “O tribunal deve julgar e, se necessário, punir Bolsonaro, caso as provas sejam convincentes”. Esta afirmação ecoa em um momento decisivo para a política brasileira, onde a accountability é mais necessária do que nunca.
A entrevista também ganhou ênfase devido ao novo inquérito contra o ex-presidente, que investiga supostas tentativas de interferência no Judiciário com ferramentas adotadas por seu homônimo americano. As sanções internacionais em pauta trazem à luz as complexidades nas relações entre instituições e governantes.
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