Em um desdobramento impactante no cenário político brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última quarta-feira (25), que a Polícia Federal (PF) deve interrogar Fábio Wajngarten e Paulo Costa Bueno. Ambos estão sendo investigados por uma suposta tentativa de obstruir investigações penais ao tentar acessar informações confidenciais da delação premiada de Mauro Cid.
Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência e defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, junto com Costa Bueno, atual advogado de Bolsonaro, estão no centro desta investigação. A ordem emanou de um inquérito que analisa a atuação de Marcelo Câmara, ex-assessor da Presidência, e Luiz Eduardo Kuntz, que seriam os responsáveis pela arrojada busca por informações de Cid. Recentemente, Câmara foi detido devido a seu envolvimento em tentativas de golpe de Estado.
A defesa de Cid apresentou declarações que implicam Wajngarten e Bueno nas mesmas ações ilegais. De acordo com os documentos, os dois advogados teriam pressionado familiares do colaborador – a mãe, esposa e filha – em uma tentativa de obter detalhes sobre o conteúdo da delação. Além disso, eles estariam tentando influenciar os parentes a desautorizar a defesa já constituída, o que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, configura a suspeita de obstrução de justiça em casos envolvendo organização criminosa.
Em um ato de transparência, os advogados de Cid entregaram à Polícia Federal o celular da filha adolescente do colaborador, onde, segundo eles, estariam as mensagens das tentativas de contato. A PF agora tem um prazo de cinco dias para ouvir os envolvidos e dez dias para anexar ao inquérito o laudo de extração dos dados do aparelho.
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