A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) recentemente apagou de suas redes sociais uma publicação que criticava de forma contundente o patrocínio de empresas de apostas às festas juninas de São Paulo. Nesse texto, ela levantava um alerta sobre a associação entre eventos culturais e casas de apostas, considerando essa iniciativa uma maneira de promover um “mercado bilionário” às custas das celebrações populares.
Tabata colocou em dúvida a forma como a gestão municipal estava transformando a festividade do São João em uma mera estratégia publicitária. A deputada destacou o caso do site Vai de Bet, que, segundo ela, distribuiu brindes e promovia o cadastro de visitantes em um espaço público, insinuando que isso naturaliza o vício em jogos. “A marca trouxe para a festa brindes, copos e chapéus, utilizando um espaço público para coletar dados pessoais. Ganhou os holofotes e até sugeriu ‘Aposte na cultura’ em suas publicações”, escreveu, alarmando seguidores sobre as consequências dessa associação.
A exclusão da postagem, apenas minutos após sua publicação, gerou uma onda de questionamentos nas redes sociais, especialmente pelo fato de que o mesmo setor patrocina as festas juninas em Recife, cidade cujo prefeito é João Campos (PSB), namorado de Tabata.
Após o burburinho, a parlamentar se manifestou novamente, esclarecendo que a postagem foi retirada do ar devido a erros de redação. Ela reafirmou sua posição, garantindo que sua crítica se mantém: “Minha crítica foi direcionada ao tipo de publicidade feita por uma bet no São João de São Paulo. Acredito que é possível, sim, conciliar entretenimento com responsabilidade”, expressou em nova publicação nas redes sociais.
O episódio suscita reflexões sobre a relação entre cultura e negócios, principalmente em eventos que ocupam espaços públicos. Qual é a sua opinião sobre essas intersecções? Comente abaixo!