Na manhã de uma terça-feira decisiva, o governador Tarcísio de Freitas, representando a gestão do Republicanos, fez uma reviravolta impactante ao optar pela continuidade da divulgação anual das declarações de bens de autoridades estaduais em São Paulo. Essa escolha foi confirmada pelo chefe da Controladoria Geral do Estado (CGE), Wagner Rosário, em uma sabatina na Assembleia Legislativa (Alesp).
No final de agosto, o Metrópoles havia revelado que o governo pretendia implementar uma nova normativa, limitando a divulgação dos patrimônios apenas ao início e ao fim do mandato, incluindo apenas os dados de alguns poucos oficiais, como o governador, o vice e os secretários. Entretanto, após um burburinho negativo, Rosário informou que a decisão foi reconsiderada, mantendo assim a originalidade do decreto de 1997, assinado pelo antigo governador Mário Covas, que exige a transparência de todos os dados patrimoniais.
Recentemente, a CGE publicou as declarações de bens referentes a 2024, revelando dados de 2023, o primeiro ano da gestão de Tarcísio. Uma análise do Metrópoles mostrou que, em comparação ao ano anterior, pelo menos quatro secretários, incluindo Guilherme Derrite, da Segurança Pública, apresentaram um aumento significativo em seus patrimônios.
Durante a mesma sabatina, o controlador também abordou a questão da transparência relacionada às renúncias fiscais. Ele afirmou que a administração está se preparando para iniciar a publicação de informações sobre as isenções a partir de janeiro do próximo ano.
Uma ausência significativa nas publicações dos últimos dois anos foram as declarações de bens do governador Tarcísio e do vice, Felício Ramuth. Essa falta de conformidade com a regra estabelecida em 1997 não foi comentada por Rosário. O que isso pode significar para a transparência e a responsabilização no governo paulista?
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