23 julho, 2025
quarta-feira, 23 julho, 2025

Tarifaço pode desequilibrar mercado interno no Brasil, alerta ministro

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Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias

Uma tempestade está se formando nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, não esconde sua preocupação. As novas tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros podem, a princípio, provocar uma queda nos preços de certos alimentos no mercado interno. Contudo, essa redução pode vir com um preço alto: o desestímulo dos nossos produtores, uma situação que poderia ter consequências graves para a economia nacional.

Durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Dias destacou o dilema que o governo enfrenta ao tentar balancear os interesses do consumidor e do produtor. “Nossa missão é garantir um preço justo para todos”, enfatizou o ministro, levantando um ponto crucial sobre a necessidade de competitividade na produção brasileir.

A imposição das tarifas foi anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e tem conexão com desavenças comerciais antigas. Trump alega que há desvantagens na relação bilateral, além de insinuar que as investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro influenciam as decisões comerciais. Assim, o novo cenário tarifário tem um peso político significativo.

Questionado sobre a possibilidade de que a queda nas exportações de produtos como laranja, café, carnes e frutas beneficie o consumidor brasileiro, Dias respondeu de forma cautelosa. Embora as tarifas possam oferecer alívio momentâneo nos preços, o ministro ressalta que a verdadeira solução está em fortalecer a competitividade da produção nacional. “Queremos um cenário onde a redução dos preços ocorra por meio de melhorias na capacidade produtiva e financiamentos com juros mais baixos”, explicou.

O desafio, segundo Dias, é garantir que a proteção ao consumidor não comprometa a produção, reforçando a necessidade de equilíbrio nesse processo. O governo está explorando alternativas por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para apoiar os produtores de mel, frutas e carne, garantindo que permaneçam viáveis em um mercado em constante mudança.

O ministro lembrou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos sempre favoreceu os norte-americanos, um fato que contradiz as queixas de Trump. “Compramos mais do que vendemos para os EUA”, reiterou, desmistificando a ideia de que o Brasil seria o grande prejudicado nessa equação.

Por fim, Dias apelou por uma investigação internacional, considerando as alegações de especulação e manipulação do mercado, que podem estar por trás das decisões feitas em Washington. A diplomacia, segundo ele, deve permanecer como norte para enfrentar esses desafios, protegendo os interesses do Brasil sem abrir mão da negociação.

O que você acha das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos? Como essa situação pode impactar o mercado brasileiro? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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