
Em um momento de reviravolta, o Tribunal de Contas da União (TCU) isentou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de uma investigação sobre gastos públicos, em um dia marcado pela sanção a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. A decisão foi proferida na última quarta-feira, 30 de julho.
A investigação tinha sido solicitada pelo deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), que alegou indícios de uso inadequado de recursos públicos por Eduardo Bolsonaro durante sua estadia nos Estados Unidos, iniciada em 27 de fevereiro. Contudo, o TCU concluiu que os gastos, totalizando R$ 8.180,19, apresentavam “baixa materialidade” e não justificavam a apuração.
Em seu acórdão, o ministro do TCU, Benjamin Zymler, destacou que as ausências do deputado nas sessões deliberativas da Câmara não eram graves o suficiente para levar a uma investigação mais aprofundada, visto que o custo público de tal apuração seria elevado. Enquanto isso, Eduardo se dedicava a articulações políticas em solo americano.
Coincidentemente, a decisão do TCU ocorreu em um contexto tenso, quando os Estados Unidos aplicaram a Lei Magnitsky para sancionar Alexandre de Moraes, alvo de críticas por parte dos bolsonaristas. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, buscava apoio entre políticos norte-americanos para pressionar autoridades brasileiras, como Moraes.
Eduardo Bolsonaro celebrou a sanção a Moraes, usando um bordão bem conhecido nos Estados Unidos: “Deus abençoe a América”. Em uma declaração provocativa, afirmou que o apoio ao ministro terá um custo insuportável para seus aliados, instigando um conflito entre lealdade a Moraes e compromisso com a nação.
As sanções impostas pela legislação americana bloqueiam bens e contas de Moraes, impossibilitando transações financeiras e comerciais em solo dos EUA. Em resposta ao clima de tensão, Eduardo expressou seu apoio à anistia dos envolvidos nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, advogando por uma “país que ainda acredita na democracia”.
Com um cenário político em constante transformação e desdobramentos surpreendentes, as próximas ações do Congresso podem definir não apenas o futuro de Eduardo Bolsonaro, mas também o rumo da política brasileira em um momento crítico.
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