1 novembro, 2025
sábado, 1 novembro, 2025

Teatro de espíritos e loira da W3: as lendas urbanas de Brasília

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Em Brasília, a capital conhecida por sua arquitetura icônica e fervor político, há um lado obscuro que fascina e assusta. Sob as luzes da cidade, histórias de lobisomens, fantasmas e aparições misteriosas fazem parte do folclore local e ganham vida nas noites temáticas como o Halloween.

Thiago de Souza, um contador de histórias e amante do terror, pegou essas narrativas e as transformou em um livro envolvente. Em Conheça o Lobisomem do Seu Bairro (2025), ele reinterpreta o folclore brasileiro de uma forma surpreendente. Um dos personagens centrais é o lobisomem de Ceilândia, cuja lenda conta que ele uiva nas noites de lua cheia, aterroriza cachorros e deixa rastros misteriosos nas ruas da cidade.

“Ele surge nas noites de lua cheia, uivando e assustando quem se aventura fora de casa. Os cachorros começam a latir e portas se abrem e fecham sozinhas, sinalizando que ele está por perto. Descrito como alto, com olhos brilhantes e pelagem escura, ele deixa marcas profundas na terra e nas casas”, revela Thiago em seu livro.

Além do livro, Thiago é responsável pela página “O que te Assombra?” no Instagram, que compila lendas urbanas de Brasília. O Metrópoles explorou algumas dessas fascinantes histórias que ecoam em seu trabalho.

Entre elas, destaca-se a história dos candangos concretados. Durante a construção de Brasília nos anos 1950, muitos trabalhadores perderam a vida em acidentes, e há relatos de que alguns foram acidentalmente concretados dentro dos edifícios. Moradores afirmam ouvir gritos e passos fantasmagóricos em lugares específicos, aludindo ao sacrifício humano que a cidade carrega em sua fundação.

Outra lenda intrigante é a da loira da W3, que assombra taxistas. Uma noite, um motorista pegou uma mulher loira que pediu para ser levada a um cemitério. Ao chegar, o perfume que exalava desapareceu, e, ao olhar para trás, ele percebeu que ela havia sumido. Essa história captura a essência do sobrenatural e espalha um frio na espinha.

No cemitério Campo da Esperança, existe a presença de Dona Esperança, uma curandeira que, mesmo após sua morte, ainda protege o local. Funcionários relatam ouvir passos entre sepulturas e sentir uma serenidade inexplicável, como se ela estivesse vigilante.

O fantasma do ex-deputado Ulysses Guimarães também é uma presença marcante. Após seu trágico acidente em 1992, muitos que trabalham no Congresso Nacional relatam ouvir passos, tosses e risadas à noite, principalmente no Plenário que leva seu nome.

Por último, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, fechado há anos, é palco de relatos sobrenaturais, com pianos que tocam sozinhos e a figura de uma bailarina que é vista dançando nas escadarias. O espírito do maestro Cláudio Santoro frequentemente é mencionado, atraindo curiosos que buscam um vislumbre do além.

Essas histórias criam uma tapeçaria rica de mistério e terror que são parte integral da identidade de Brasília. Você já ouviu alguma dessas lendas? Compartilhe sua experiência ou deixe seu comentário sobre outras histórias que você conhece!

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