Na noite de domingo, um poderoso terremoto de magnitude 6,3 abalou o norte do Afeganistão, deixando uma onda de apreensão em seu rastro. O epicentro foi identificado em Kholm, próximo à cidade de Mazar-e-Sharif, na província de Balkh, a uma profundidade de apenas 10 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi tão intenso que seus efeitos se sentiram até na distante capital, Cabul.
Este evento sísmico vem à tona apenas dois meses após outro devastador tremor na região leste, que resultou na perda de mais de 2.200 vidas. Marcado como um dos mais letais da história recente do Afeganistão, essa sequência de terremotos evidencia a vulnerabilidade do país a desastres naturais. As províncias de Kunar, Laghman e Nangarhar foram as mais afetadas, com o impacto do recente tremor ainda ecoando na memória coletiva da população.
O Afeganistão, situado próximo à cordilheira Hindu Kush e na interseção das placas tectônicas euroasiática e indiana, é um território propenso a atividades sísmicas. Desde 1900, a região nordeste do país já registrou 12 terremotos com magnitudes superiores a 7. O contexto atual se torna ainda mais desafiador com a recente gestão dos talibãs, que tiveram que lidar com esses desastres naturais enquanto tentam estabelecer estabilidade.
A resiliência do povo afegão diante de tais adversidades é admirável, mas a constante ameaça de novos terremotos demanda atenção internacional e estratégias de recuperação sólida. O último tremor, que fez lembrar a tragédia em Herat, em que mais de 1.500 vidas foram perdidas e mais de 63.000 residências destruídas, reforça a necessidade urgente de apoio e auxílio humanitário.
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