Na madrugada de 3 de novembro de 2025, o norte do Afeganistão foi abalado por um terremoto de 6,3 graus de magnitude. O epicentro foi localizado em Kholm, na província de Samangan, a uma profundidade de 28 quilômetros, conforme informó o Centro Geológico dos EUA. Em questão de minutos, vidas foram perdidas e a esperança se dissolveu em meio aos escombros.
A tragédia deixou pelo menos 20 mortos e quase 320 feridos, de acordo com Sharafat Zaman, porta-voz do Ministério da Saúde. Ele destacou que esse balanço é provisório, uma vez que a situação é dinâmica e as equipes de emergência ainda estão avaliando os danos. Entre os locais afetados, a icônica mesquita azul de Mazar-i-Sharif sofreu danos significativos, com partes de sua estrutura se desprendendo, um duro golpe para um dos raros símbolos turísticos do país.
Com a infraestrutura já fragilizada, o Ministério da Defesa teve que agir rapidamente, reabrindo estradas bloqueadas por deslizamentos e resgatando aqueles que ficaram presos durante a tragédia. No entanto, as redes de comunicação deficitárias e a geografia montanhosa dificultam a resposta imediata das equipes de resgate. Em muitas áreas, moradias estão sendo abandonadas, com os moradores temerosos de novos desabamentos após os tremores secundários, que chegaram a ser sentidos até na capital, Cabul.
Este evento trágico ocorre apenas dois meses após um terremoto letal que atingiu a região leste do Afeganistão, onde mais de 2.200 vidas foram perdidas. O país, situado na cordilheira do Hindu Kush, é frequentemente impactado por terremotos, especialmente devido à junção das placas tectônicas eurasiática e indiana. Desde 1900, a região nordeste do Afeganistão registrou 12 terremotos com magnitudes superiores a 7, mostrando a vulnerabilidade dessa parte do mundo.
Desde a retomada do poder pelos talibãs em 2021, o Afeganistão tem enfrentado uma série de crises, não só naturais, mas também humanitárias. A guerra e a seca agravaram uma situação de fome alarmante, com organismos internacionais alertando sobre a necessidade urgente de ajuda. As consequências desses desastres naturais apenas intensificam os desafios cotidianos da população.
Esses eventos são um lembrete das adversidades que o povo afegão enfrenta. Que tal compartilhar sua opinião sobre a crise humanitária e as respostas a desastres naturais? Comente abaixo e ajude a dar visibilidade a essa situação crítica.