O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, na última quinta-feira (3), sanções contundentes contra sete altos funcionários e uma empresa ligada à Al-Qard Al-Hassan (AQAH), uma instituição financeira libanesa supostamente controlada pelo Hezbollah. Essa medida não é uma novidade, já que a AQAH havia enfrentado restrições em 2007 por facilitar o acesso do grupo à rede financeira formal e por burlar as sanções americanas existentes.
As sanções visam pessoas que operam em funções cruciais dentro da AQAH, com alguns desses indivíduos vínculos de mais de duas décadas com a instituição. De acordo com o vice-secretário do Tesouro, Michael Faulkender, eles têm conseguido disfarçar os interesses do Hezbollah em transações que aparentam ser legítimas, envolvendo instituições financeiras no Líbano.
Esses altos executivos não apenas desempenhavam funções administrativas, mas também abriram contas bancárias conjuntas e movimentaram milhões de dólares em nome do Hezbollah, utilizando métodos parecidos com os dos “banqueiros-sombra” que já foram sancionados. Entre os sancionados constam Nehme Ahmad Jamil, chefe dos departamentos de auditoria e negócios da AQAH, e coproprietário da Tashilat SARL; Issa Hussein Kassir, responsável logístico; e Samer Hasan Fawaz, diretor administrativo. A investigação revelou também o envolvimento desses indivíduos na compra de ouro e na gestão de contas bancárias em nome do Hezbollah.
Essas sanções foram instituídas com base em uma ordem executiva que abrange indivíduos e entidades associadas ao terrorismo global. O comunicado do Tesouro destaca a importância desta medida como um apoio aos esforços do novo governo libanês para limitar a influência do Hezbollah, especialmente em um momento em que a AQAH continua a enfraquecer a já vulnerável economia do Líbano.
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