17 agosto, 2025
domingo, 17 agosto, 2025

TJSP nega indenização a mulher após falso positivo de HIV em parto

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Imagem ilustrativa

Um caso marcante veio à tona recentemente, quando a 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu negar indenização a uma mulher que, durante o parto, recebeu um resultado falso positivo para HIV na Santa Casa de Votorantim. Essa situação não apenas afetou o tratamento da gestante, mas também gerou um impacto profundo em sua experiência como mãe.

O drama começou quando um teste rápido indicou que a mulher era portadora do vírus HIV. Como resultado, a equipe médica optou pela cesariana, contrariando o desejo da mãe, que não queria esse procedimento. Além disso, a mãe foi impedida de amamentar sua recém-nascida, uma decisão que teria consequências em sua alimentação e desenvolvimento inicial.

Após três dias de incerteza, novos testes revelaram que o primeiro resultado era um falso positivo. Essa revelação foi um alívio, mas não apagou os efeitos negativos que essa experiência trouxe. A gestante, que já havia realizado dois exames anteriores com resultados negativos, se viu diante da desnutrição da filha e dificuldades na amamentação, já que a criança havia se acostumado ao uso de mamadeira, perdendo o interesse no aleitamento natural.

Apesar de ter ganho a causa na primeira instância, a decisão foi questionada. A Santa Casa defendeu que a cesariana foi uma medida necessária devido a complicações, argumentando que o teste rápido exigia essa abordagem para proteger a saúde da mãe e do bebê. Eles afirmaram que não havia tempo para esperar uma contra-prova do exame e que a decisão foi em linha com as diretrizes do Ministério da Saúde.

A juíza da 2ª Vara Cível de Votorantim reconheceu o trauma emocional causado pela situação, lamentando que a impossibilidade de amamentação, especialmente durante a “hora de ouro” após o nascimento, teve um impacto duradouro nas duas. Inicialmente, foi determinada uma indenização de R$ 22 mil, a ser paga pelo hospital, pelo laboratório responsável e pelo município.

No entanto, ao revisar a decisão, o relator apontou que as ações dos médicos foram apropriadas para o momento. Ele argumentou que não havia evidências que indicassem falhas nos procedimentos e que, após receber o resultado da contraprova, o incentivo à amamentação foi eficaz. As demais desembargadoras concordaram com essa análise.

Esse caso evidencia a importância da precisão nos diagnósticos médicos e os impactos emocionais que o inesperado pode trazer à vida dos envolvidos. Você já passou por uma experiência similar ou conhece alguém que tenha vivenciado algo parecido? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!

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