8 agosto, 2025
sexta-feira, 8 agosto, 2025

“Tô perdendo os sentidos”, disse PM após ser baleado em Paraisópolis

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Na calada da noite em Paraisópolis, um policial militar vivenciou o terror em primeira mão. “Copom, tô baleado, manda apoio. Roubaram minha arma”, clamou Johannes Santana com a voz entrecortada e cheia de dor, enquanto lidava com as consequências de um tiro no pescoço. A gravação de sua câmera corporal revela o desespero: o sangue escorria e sua visão começava a falhar.

Santana, em contato com o Centro de Operações, passou três minutos agonizantes relutando contra a perda de consciência e o exíguo tempo até o socorro. A cena é impactante: manchas rubras na tela do seu celular, seus esforços desesperados traduzidos em um pedido atemporal de ajuda, enquanto uma gota de sangue escorre de sua mão ensanguentada.

Imagens capturam a dinâmica da abordagem que partiu daquele infame momento. O PM em sua moto seguia um suspeito pelas ruas da favela até encurralá-lo. O que se seguiu, no entanto, foi um turbilhão de confusão e resistência. A presença de populares, questionando a ação policial e sugerindo ajuda ao suspeito, cria um ambiente de tensão. O clima esquentou, e uma testemunha chegou a puxar o criminoso, facilitando uma luta corporal onde o inesperado ocorreu: à queima-roupa, o atirador disparou.

As reações na comunidade foram imediatas. Enquanto Santana, agora no chão, gritava por socorro, moradores aglomeravam-se, atônitos com o que acontecia; “Foi tiro, moço! Foi tiro!”, ele repetiu, ciente do perigo iminente.

Vitória tardia: após a longa espera, as viaturas da rocam chegaram para resgatar o agente, que foi levado ao Hospital Albert Einstein. Os exames confirmaram que, apesar de uma vértebra quebrada, ele estava consciente e não corria risco de vida, aliviando seus familiares com uma mensagem.

O atirador, identificado como Kauan Alison Alves dos Santos, de 20 anos, possui um histórico criminal positivo. Atualmente foragido, ele representa não apenas uma ameaça continuada à segurança, mas revela um problema mais profundo dentro da comunidade.

O medo permeou o dia seguinte. Escolas liberaram alunos mais cedo, e a mensagem de precaução ecoou entre os pais: “Cuidem-se e mantenham-se seguros”. Recentemente, a tensão na comunidade já havia sido marcada por protestos contra operações policiais que deixaram feridos.

Os dados alarmantes da Secretaria de Segurança Pública mostraram que a capital paulista é um dos locais mais perigosos para os policiais. Nos primeiros seis meses do ano, 52,3% dos PMs feridos no estado estavam na cidade, um sinal de alerta sobre a escalada de violência.

Como a história de Santana e a busca por justiça se desenrolarão? Acha que é hora de uma mudança? Compartilhe seus pensamentos e participe dessa conversa vital sobre segurança e justiça social.

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