9 agosto, 2025
sábado, 9 agosto, 2025

Tragédia aérea em Vinhedo completa 1 ano: minidoc reconta o caso. Veja

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Neste sábado, dia 9 de agosto, completam-se 12 meses da trágica queda do avião PS-VPB da Voepass em Vinhedo, interior de São Paulo. O incidente, que ceifou a vida de 62 pessoas, entre passageiros e tripulantes, tornou-se um dos mais devastadores da história da aviação brasileira.

Um ano após a tragédia, muitas famílias começarão a receber compensações financeiras, como resultado dos acordos de indenização intercedidos pelas Defensorias e Ministérios Públicos de São Paulo e Paraná. Entretanto, as investigações continuam, mantendo um ritmo lento e sem previsão de conclusão.

Sete dias atrás, o Metrópoles publicou um minidocumentário intitulado “A história do voo 2283”, que reconta os eventos desde o acidente. O material inclui entrevistas com familiares das vítimas e expõe os avanços no caso, solidificando a relevância desse tema.

O voo fatídico

O PS-VPB, um ATR 72-500 da Voepass, partiu do Aeroporto Coronel Adalberto Mendes da Silva em Cascavel, Paraná, às 11h58, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Comandado pelo experiente Danilo Romano, 35 anos, e pelo copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos, a aeronave transportava 58 passageiros, muitos dos quais desconheciam que voariam pela Voepass, uma vez que suas passagens foram adquiridas pela Latam.

O voo transcorria de forma tranquila até três minutos antes da queda, quando os pilotos comunicaram à torre de controle que estavam prontos para descer. No entanto, às 13h21, a aeronave perdeu altitude abruptamente e colidiu com o solo em Vinhedo.

Momentos de desespero e impotência foram registrados por moradores da área, que viram o avião descendo em um movimento perigoso, culminando no impacto que resultou na fatalidade, sem sobreviventes.

As investigações e suas revelações

Distintos especialistas iniciaram uma força-tarefa para investigar a queda, com a participação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Um relatório preliminar revelou que, minutos antes do acidente, mensagens sobre falhas no sistema de degelo foram notadas, evidenciando que o copiloto havia mencionado a presença considerável de gelo na aeronave.

Embora o problema no sistema de degelo seja uma possível causa da queda, outros fatores ainda estão sendo considerados. O Cenipa assinalou que alertas de baixa velocidade e desempenho instável foram emitidos na fase final do voo.

A preocupação com a manutenção das aeronaves da Voepass emergiu nas investigações. O ex-copiloto Luiz Cláudio de Almeida revelou que os pilotos eram orientados a não reportar falhas no diário de bordo para evitar a suspensão do voo, um indício de possível negligência que poderá ter contribuído para a tragédia.

Luto e busca por justiça

As famílias das vítimas buscam respostas e justiça. A dor da perda é acompanhada pela indignação frente à suposta negligência da empresa. Fátima Albuquerque, mãe de uma das vítimas, expressa sua revolta: “Se [a morte da] minha filha tivesse sido uma fatalidade, como foram outras quebras de avião, a gente estaria só com a dor, mas a gente também tem a revolta e a sede de justiça”.

Em resposta à tragédia, muitos familiares se uniram, criando uma associação para acompanhar as investigações e lutar por justiça. Robson Kauffmann, que perdeu seu marido no acidente, declarou: “Essa nossa luta de buscar resposta é para que vocês, de modo geral, possam viajar e voltar para casa com segurança, coisa que o Renato e essas outras pessoas não tiveram a oportunidade”.

A fiscalização e o futuro da Voepass

Após a queda, a Anac iniciou uma fiscalização intensificada sobre a Voepass, resultando na suspensão de suas operações e, posteriormente, na cassação do certificado de operação da empresa. A Anac destacou que a companhia não conseguiu garantir que as falhas seriam corrigidas, colocando em risco a segurança.

A Voepass declarou estar solidária às famílias das vítimas e que aguardará o relatório final do Cenipa para entender completamente as causas do acidente. A Latam, que comercializava os voos, também expressou suas condolências e afastou-se da Voepass após o ocorrido.

Esse trágico episódio não serve apenas como um lamento, mas como um chamado à ação para todos nós. É hora de levantar questões sobre segurança, responsabilidade e o que realmente significa condenar a negligência. Você se une a esta luta por justiça e segurança na aviação? Comente abaixo e compartilhe suas perspectivas.

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