22 agosto, 2025
sexta-feira, 22 agosto, 2025

TRT-BA implementa câmera 360° com reconhecimento facial para aprimorar audiências trabalhistas

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O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA) está transformando a forma como as audiências trabalhistas são registradas. Com a implementação de câmeras 360°, equipadas com tecnologia de reconhecimento facial, o tribunal inova ao dispensar o tradicional uso de câmeras fixas, capturando toda a sala de maneira dinâmica. Agora, os movimentos e expressões dos participantes são acompanhados em tempo real, permitindo um registro mais preciso das reações e gestos fundamentais durante as sessões. “Antes, era necessário mover manualmente as câmeras para manter os participantes no enquadramento. Hoje, a tecnologia faz isso automaticamente. Se alguém se levanta ou se senta, a câmera ajusta o foco sozinha,” compartilha o responsável pela inovação no TRT-BA.

A versatilidade do sistema é impressionante: dependendo do número de pessoas na sala, o número de janelas exibidas pode variar. Em testes realizados, foram mostradas entre sete e oito telas, sem um limite pré-definido. Isso assegura que nenhuma informação relevante seja perdida, mesmo que novos participantes se juntem à audiência,” explica.

Adriano Bezerra, titular da 1ª Vara do Trabalho e coordenador da Comissão de Atenção Prioritária ao 1º Grau de Jurisdição, destaca que essa inovação está em sintonia com a busca por uma prestação jurisdicional mais ágil e eficiente. “Precisamos priorizar a segurança e o conforto dos envolvidos,” afirma.

Entretanto, Bezerra também reconhece que qualquer mudança tecnológica pode gerar frisson inicial. “A inovação pode assustar, especialmente quando os indivíduos temem a exposição. No entanto, com o tempo, as incertezas são dissipadas. Essa tecnologia deve ser uma aliada da sociedade e desempenha um papel crucial na veracidade dos fatos,” ressalta. A oralidade nas audiências trabalhistas, com maior comunicação por gestos e expressões, torna esta ferramenta ainda mais valiosa, auxiliando juízes a tomarem decisões mais embasadas.

“A justiça tardia não é justiça. Precisamos agir com qualidade, utilizando a tecnologia como amiga,” conclui o magistrado, confiando que esse sistema servirá de modelo para outras unidades do país.

A juíza auxiliar Clarissa Oliveira, da 9ª Vara do Trabalho, relata que não houve reclamações sobre a nova câmera. As audiências estão transcorrendo tranquilamente, mesmo após a mudança do local para a Avenida Paralela. “Nenhum comentário negativo foi feito, na verdade, os participantes estavam curiosos sobre o novo formato da audiência telepresencial,” afirma.

Por sua vez, o desembargador Jéferson Muricy elogia os impactos da modernização. “Agora, as audiências têm uma qualidade superior. Com as novas câmeras, todos podem acompanhar os processos em tempo real com muito mais visibilidade. Isso proporciona uma nova dimensão às audiências, inclusive às telepresenciais,” celebrou.

Queremos saber sua opinião sobre essa inovação! Você acredita que a tecnologia pode realmente melhorar a justiça? Comente abaixo!

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