18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Trump a serviço de mais uma tentativa de golpe bolsonarista

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Assistir a uma nova tentativa de golpe bolsonarista, agora amparada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, é um espetáculo desconcertante. A saga da família Bolsonaro continua, destacando-se pela ousadia de suas confissões públicas acerca de seus intentos para desestabilizar o Brasil.

Após falharem em dezembro de 2022 e mais uma vez em 8 de janeiro de 2023, eles se mostram incansáveis, evidenciando um estilo que desafia até mesmo as regras não escritas dos golpes. Historicamente, ações desse tipo são cercadas de furtividade para evitar reações imediatas do adversário. Contudo, os Bolsonaro parecem ignorar essa lógica.

Em julho de 2022, a três meses das eleições, Jair Bolsonaro convocou seus ministros no Palácio do Planalto, cutucando a mesa de poder em busca de apoio para “virar a mesa”. Este encontro, que ficou registrado, deixou claro seu desespero ao perceber a iminente derrota. Suas palavras eram um grito de alerta: “Se reagirmos após as eleições, teremos caos e guerrilha.” Reverberava assim a noção de um fracasso inevitável, mesmo com sua base de apoio.

Poucos dias depois, ao reunir 40 embaixadores, lançou dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral. Tal atitude lhe custou a inelegibilidade até 2030, ao ser enquadrado como abuso de poder político. É descabido usar a posição de presidente para minar a democracia em benefício próprio.

No início deste ano, em busca de socorro, ele apelou para Trump em entrevistas a respeitados jornais americanos. Em uma jogada estratégica, enviou seu filho Eduardo aos Estados Unidos, um fluente em inglês e ex-fritador de hambúrgueres, para defender sua causa. Eduardo, não hesitando em manifestar seu sentimento de conexão com os Estados Unidos, torna-se um elo entre os interesses dos dois países.

A estratégia de Trump visa fomentar a animosidade contra Lula, uma manobra que também se traduz em um golpe que serve aos interesses do ex-presidente americano. Para Trump, o bolsonarismo representa uma extensão dos ideais da extrema-direita na América Latina, que lutam contra a democracia, a qual ele despreza profundamente.

Recentemente, Eduardo se manifestou nas redes sociais após a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao encarregado de negócios dos EUA no Brasil, contestando qualquer acordo que não avance em direção à democracia. O descontentamento ressoava em sua declaração: “A retirada da Tarifa-Moraes agora é a condenação da oposição em 2026.”

Para os Bolsonaro, paira a ideia de que tudo deve ser subordinado a seus interesses, clamando por liberdade de maneira retórica, enquanto seus atos ecoam traição. São patriotas que, no âmago, desafiam a própria essência do que é ser brasileiro.

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