Em uma decisão surpreendente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fim imediato das negociações comerciais com o Canadá. Essa ruptura foi impulsionada pela insatisfação com a intenção do país vizinho de tributar os serviços digitais das gigantes tecnológicas americanas. “O Canadá, que apresenta inúmeras dificuldades comerciais conosco, acabou de declarar que imporá tarifas sobre nossos serviços digitais, um ataque direto ao nosso país”, expressou Trump em sua rede social, Truth Social.
A crítica de Trump também se estendeu às altas tarifas que o Canadá impôs por anos às exportações agrícolas americanas, chegando a 400% para produtos lácteos. Diante dessa situação, ele reforçou que, a partir de agora, a relação comercial entre os dois países sofrerá um golpe considerável, com a promessa de que nos próximos dias o Canadá será notificado sobre as tarifas que deverá pagar para manter negócios nos EUA.
A reação canadense não tardou. O ministro das Finanças do Canadá, François-Philippe Champagne, ressaltou que o imposto digital se mantém firme e que o primeiro pagamento está agendado para a próxima segunda-feira. Esse imposto, de 3% sobre receitas superiores a US$ 20 milhões oriundas de serviços digitais destinados a residentes canadenses, terá efeito retroativo a 2022, atingindo empresas como a Meta.
Recentemente, enquanto as tensões aumentavam, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que um acordo foi firmado com o G7, permitindo que as multinacionais americanas evitem pagar 15% de impostos nos países onde operam, conforme o Acordo Fiscal Global da OCDE. Bessent declarou que as empresas americanas não estarão sujeitas aos novos impostos do Pilar 2 da OCDE, prometendo colaboração para a implementação desse acordo nas próximas semanas.
Esses desdobramentos geram um clima de incerteza não apenas entre as nações envolvidas, mas também em um cenário econômico global já fragilizado. O que você pensa sobre essa ruptura nas negociações? Compartilhe sua opinião nos comentários!