Na Assembleia-Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não economizou nas críticas. Em um discurso marcado por confrontos e polêmicas, ele atacou a política migratória europeia, afirmou que a imigração ilegal “está arruinando os países do Ocidente” e lançou severas acusações contra a própria Organização das Nações Unidas, sugerindo que a entidade está “financiando um ataque” à soberania dos países ocidentais.
Trump advertiu os líderes europeus, afirmando que suas nações estão “indo para o inferno” devido à ineficácia em conter os fluxos imigratórios. A seu ver, essa situação foi exacerbada por um discurso de “politicamente correto” que impediu ações efetivas. Em uma virada dramática, ele exigiu que os países da Europa cortassem imediatamente todas as compras de energia da Rússia, acusando a China e a Índia de financiar a guerra na Ucrânia por meio de suas importações.
A questão energética foi central em seu discurso. Trump criticou ferozmente as energias renováveis, descrevendo a energia eólica como uma “piada” e “muito cara”, apontando para os riscos enfrentados por nações como Alemanha e Reino Unido durante a transição energética. Em contrapartida, defendeu vehementemente a energia nuclear, garantindo que, se utilizada adequadamente, pode ser segura. Seu lema no setor parecia ser claro: “perfure, baby, perfure”.
Sem rodeios, Trump minimizou os alertas científicos sobre o clima, afirmando que antes se referiam ao “aquecimento global”, que agora foram rebatizados como “mudança climática”. Para ele, isso é o que considera “o maior golpe da história”, reforçando sua visão de que a pegada de carbono é, na verdade, uma farsa.
No campo da segurança, o presidente fez graves acusações contra o governo venezuelano, responsabilizando-o pelo tráfico de drogas direcionado aos Estados Unidos e prometendo ações severas contra os responsáveis por esse tráfico. Sua declaração, marcada por um tom ameaçador, deixou claro que não haveria espaço para complacência.
Ao abordar a questão palestina, Trump afirmou que o reconhecimento de um Estado palestino seria “uma recompensa” pelos ataques de outubro, relacionando o tema à guerra em Gaza. Ele mencionou seu histórico diplomático, alegando ter trazido paz a “sete conflitos”, mas também criticou a ONU por não estar à altura de suas responsabilidades.
O discurso de Trump, que excedeu os 15 minutos habituais, não foi isento de momentos inusitados. O presidente fez comentários sarcásticos sobre falhas técnicas no evento, que proporcionaram alguns momentos de descontração no clima tenso. Sem esquecer de mencionar seu encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Trump indicou que os dois se reuniriam em breve.
Essa intervenção não apenas marcou mais um embate entre a diplomacia americana e os desafios globais, mas também promete moldar os debates sobre cooperação internacional e políticas nacionais nos dias que se seguem. O que pensa sobre as declarações de Trump? A sua voz é importante! Deixe seu comentário abaixo.