Em uma entrevista reveladora à Fox News nesta terça-feira (19), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que não enviará tropas americanas para proteger a Ucrânia em um possível acordo de paz com a Rússia. “Vocês têm a minha garantia, e eu sou o presidente”, declarou Trump, enfatizando o compromisso dos EUA em fornecer apoio aéreo, mas sem soldados em solo ucraniano.
Essa declaração surgiu menos de uma semana após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, onde Trump expressou incertezas sobre a sinceridade de Putin em encerrar o conflito. Nesse cenário, líderes europeus se reuniram em conversas urgentes para discutir um futuro acordo de segurança, um dia depois de Trump se encontrar com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na Casa Branca. Embora houvesse sorrisos e entusiasmo nas reuniões, o progresso em direção à paz parecia distante.
A proposta de um contingente de forças estrangeiras na Ucrânia, defendida pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer e pelo presidente francês Emmanuel Macron, tem como objetivo enviar tropas de observação e defesa. Contudo, a Rússia rejeita essa ideia fortemente. Entre negociações travadas, a situação no terreno permanece crítica, com novos ataques russos causando ferimentos e danos significativos à infraestrutura ucraniana.
Zelensky, em um tom mais otimista, destacou avanços nas garantias de segurança que os EUA poderiam fornecer para evitar uma nova invasão russa. Embora um acordo formal ainda seja incerto, ele mencionou que a Ucrânia deseja adquirir armamentos avaliados em US$ 90 bilhões através dos EUA e, em troca, os EUA poderiam comprar drones ucranianos.
As divergências entre os objetivos de Rússia e Ucrânia se tornam cada vez mais evidentes. Enquanto a Rússia busca concessões territoriais, a Ucrânia anseia por um cessar-fogo antes de qualquer acordo. Trump, enfatizando a necessidade de um acordo rápido, acredita que isso pode ser alcançado sem necessariamente impor uma trégua.
Após a reunião, Trump anunciou que inicou os “arranjos” para uma reunião entre Zelensky e Putin. No entanto, o Kremlin minimizou essas expectativas, afirmando que um encontro direto exigiria preparação minuciosa. Durante uma conversa de 40 minutos entre Trump e Putin, ambos concordaram em nomear negociadores mais experientes para as discussões entre Moscou e Kiev.
Putin, em uma tentativa de facilitar a comunicação, sugeriu a realização da reunião em Moscou, a qual Zelensky rejeitou, acompanhado de líderes europeus que consideraram a ideia inadequada. O presidente ucraniano reiterou sua disposição para dialogar, enquanto a situação continua a demandar atenção internacional. A Suíça, por sua vez, ofereceu garantir a imunidade de Putin para que ele possa participar de diálogos de paz, apesar da ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional.
E você, o que pensa sobre as possíveis soluções para o conflito? Deixe sua opinião nos comentários!