18 setembro, 2025
quinta-feira, 18 setembro, 2025

Trump é tão censor quanto o ministro que puniu com a Lei Magnitsky

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Donald Trump se posiciona como um bastião da liberdade de expressão, mas por trás dessa imagem se esconde um comportamento censor que contradiz suas alegações. A recente suspensão do talk show de Jimmy Kimmel na ABC ilustra perfeitamente essa hipocrisia.

O programa foi retirado do ar em uma manobra que expõe como a comissão reguladora de comunicações, que deveria ser independente, se tornou um instrumento nas mãos do poder. A pressão veio após um comentário de Kimmel sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, onde o apresentador criticou a tentativa de minimizar a ligação do autor do crime com o movimento MAGA (Make America Great Again).

“Atingimos um novo fundo do poço”, desabafou Kimmel. Ele estava apenas exercendo um direito básico: a liberdade de expressão, que deve ser garantida até mesmo aos críticos do governo. Antes de Kimmel, outro apresentador, Stephen Colbert, também foi alvo de censura: seu programa foi cancelado sob a alegação de custos, mas muitos acreditam que a verdadeira motivação está nas alianças políticas.

A Paramount, proprietária da CBS, e a Nextar, controladora da ABC, estão em meio a negociações que dependem do beneplácito da comissão reguladora para fusões. Isso torna a decisão de cancelar programas críticos um movimento estratégico, muito mais do que uma questão financeira.

Após o afastamento de Kimmel, Trump celebrou a censura em sua rede social, considerando uma “grande notícia” a coragem da ABC em silenciar críticas. Sua retórica já se transformou em ameaça quando, no mês anterior, declarou que poderia revogar as licenças das principais redes, como a ABC e a NBC, acusando-as de serem braços políticos do Partido Democrata.

O cenário se torna ainda mais sombrio com a mira do presidente voltada para outros comediantes da NBC, como Seth Meyers e Jimmy Fallon. Ele os desqualificou como “total losers”, um insulto que, nas circunstâncias atuais, pode ser o estopim para novas demissões sob pressão.

Neste ambiente, a defesa de Trump pela liberdade de expressão parece tão genuína quanto a política punitiva de um ministro brasileiro em um caso semelhante. A liberdade de falar livremente, na visão de Trump, é seletiva, reservada apenas para aqueles que não desafiam seu poder. E você, o que pensa sobre essa questão? Compartilhe nos comentários!

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