Em um encontro histórico na cidade sul-coreana de Busan, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping selaram um acordo significativo para reduzir as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Após seis anos sem se reunir pessoalmente, ambos os líderes manifestaram otimismo ao afirmar que um “consenso importante” foi alcançado, aliviando a tensão econômica que tem impactado mercados e cadeias de suprimento global.
Trump não hesitou em classificar a reunião de “incrível”, elogiando Xi como um “tremendo líder de um país muito poderoso”. Ele também revelou planos de visitar a China em abril e anunciou que Pequim se comprometeu a comprar “grandes quantidades” de soja e outros produtos agrícolas dos EUA. Para as economias latino-americanas, como Brasil e Argentina, que se beneficiaram das exportações durante a disputa comercial, essa decisão pode representar uma verdadeira reviravolta.
O acordo se estende ao fornecimento de terras raras, materiais essenciais para indústrias de defesa e tecnologia. Trump especificou que um acordo prorrogável foi estabelecido, garantido por um ano, enquanto o Ministério do Comércio da China confirmou a suspensão de restrições à exportação desses recursos. “Tudo relacionado às terras raras foi resolvido, e isso é para o mundo”, declarou Trump, abrindo espaço para um novo diálogo e colaboração entre as duas nações.
Outra questão crítica que permeou o encontro foi o combate ao tráfico do opioide fentanil. Trump mencionou que, baseado em compromissos feitos por Xi, as tarifas impostas sobre esse comércio letal seriam diminuídas, um gesto que poderá sinalizar um novo começo nas relações bilaterais.
A reunião, que durou uma hora e 40 minutos, foi marcada pela camaradagem, com ambos os líderes caminhando em direção ao futuro com um espírito de parceria. Contudo, surpresas não faltaram, como o anuncio de Trump sobre a instrução ao Departamento de Guerra para iniciar testes de armas nucleares, realçando a complexidade da segurança global.
Em meio a elogios recebidos em sua visita à Ásia, Trump também expressou a força da aliança militar dos EUA com a Coreia do Sul, aprovando novos projetos de defesa, como um submarino de propulsão nuclear. Entretanto, a tão esperada reunião com o líder norte-coreano Kim Jong Un não se concretizou, ainda que Trump tenha prometido que isso ocorrerá “em um futuro não muito distante”.
Com conversas ainda pendentes sobre a questão de Taiwan, o encontro evidencia a intenção de ambos os países em buscar um entendimento mútuo, essencial para a estabilidade na região. **O que você acha das decisões tomadas neste encontro?** Deixe sua opinião nos comentários!