Em um movimento surpreendente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fim de todas as negociações comerciais com o Canadá. Essa decisão não é apenas um desfecho de um diálogo, mas um acirramento nas tensões entre duas nações que compartilham uma das maiores parcerias comerciais do mundo. Para analistas, essa atitude serve como um aviso claro: as negociações devem se adequar aos termos de Trump, ou o acordo está descartado.
O gatilho para essa ruptura foi um comercial transmitido na televisão canadense, financiado pelo governo da província de Ontário, que criticava as tarifas impostas pelos EUA. Trump alegou que o anúncio fazia uso indevido de um discurso do ex-presidente Ronald Reagan, considerado histórico, e caracterizou a ação como uma interferência inaceitável nos processos comerciais e judiciais americanos. A indignação ficou clara em suas palavras digitais: “TODAS AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM O CANADÁ ESTÃO ENCERRADAS”.
Essa decisão impacta uma relação comercial avaliada em impressionantes US$ 761 bilhões apenas em bens, com o total incluindo serviços chegando a cerca de US$ 910 bilhões em 2024. O Canadá, que destina mais de 75% de suas exportações para os Estados Unidos, sente o peso de tal ruptura. Diariamente, US$ 2,7 bilhões em produtos e serviços cruzam a fronteira, essencial para a economia canadense.
Para o Canadá, essa suspensão não representa apenas um retrocesso nas negociações, mas um risco real à sua economia, com potencial para desestabilizar mercados, interromper cadeias de produção e gerar desemprego. Para os EUA, embora a economia seja mais resiliente, a incerteza cresce à medida que cadeias de suprimento se veem ameaçadas, e os consumidores podem sofrer com o aumento de preços.
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