Encontro ocorre em meio às pressões americanas por um cessar-fogo em Gaza e pela libertação dos reféns israelenses
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Casa Branca será palco de uma reunião crucial entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
Nesta segunda-feira (29), a Casa Branca será palco de uma reunião crucial entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O encontro tem como objetivo principal avançar em um acordo que possa pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. Na véspera deste importante evento, Trump demonstrou otimismo em suas redes sociais, sugerindo que há uma chance real de alcançar um marco significativo no Oriente Médio. Em entrevista à agência Reuters, ele destacou que todos os envolvidos desejam um acordo sobre o conflito entre Israel e o Hamas, expressando esperança de que as negociações sejam concluídas na reunião de hoje.
Por outro lado, Netanyahu revelou à Fox News que Israel está desenvolvendo um novo plano de cessar-fogo em colaboração com a Casa Branca, embora os detalhes ainda estejam sendo definidos. O professor de relações internacionais, José Niemeyer, sugere que Trump deve adotar uma postura cuidadosa, utilizando a reunião como uma oportunidade para mostrar que os Estados Unidos estão comprometidos em promover harmonia e estabilidade na região. No entanto, Niemer alerta que uma ação radical por parte de Netanyahu pode prejudicar o líder israelense durante o encontro.
A pressão internacional sobre Israel tem se intensificado, especialmente após o discurso de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, onde ele rejeitou a criação de um estado palestino e negou que o exército israelense esteja causando mortes de civis ou fome em Gaza. A professora de relações internacionais, Priscila Caneparo, acredita que essa pressão será crucial para a posição da Casa Branca no conflito. Segundo ela, a reunião pode servir tanto para que Trump demonstre apoio a Israel quanto para criticar as ações do governo israelense na Faixa de Gaza.
De acordo com a Associated Press, o plano de cessar-fogo de Trump inclui a libertação de reféns em 48 horas e a retirada gradual das forças israelenses, embora a proposta ainda não seja definitiva. O Hamas, por sua vez, está disposto a analisar qualquer iniciativa de forma positiva e responsável. A crise humanitária em Gaza foi um dos principais temas na Assembleia Geral da ONU, gerando críticas de países europeus e aumentando a pressão sobre Israel. Resta saber se a reunião de hoje na Casa Branca será um passo decisivo rumo à paz ou apenas mais um capítulo na complexa história do conflito no Oriente Médio.
*Com informações de Pedro Tritto
*Reportagem produzida com auxílio de IA