23 julho, 2025
quarta-feira, 23 julho, 2025

Uesb é condenada por falhas institucionais e terá que pagar R$ 30 mil; universidade nega prática de assédio

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Universidade Uesb em discussão judicial

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) enfrenta um momento delicado após ser condenada a pagar R$ 30 mil por falhas institucionais. A decisão, que surge no contexto de denúncias feitas por jornalistas sobre um ambiente de trabalho intimidante em Vitória da Conquista, foi emitida pela Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5).

As reclamações, que envolveram pelo menos nove profissionais do Sistema Uesb de Rádio e Televisão Educativas (Surte), originaram uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) em agosto de 2023. Em resposta, a Justiça determinou o afastamento imediato de um dos dirigentes da universidade como medida preventiva, visando interromper condutas abusivas.

No julgamento inicial, a procuradora Tatiana Sento-Sé havia solicitado uma indenização de R$ 100 mil, mas o valor foi reduzido para R$ 30 mil, mantido na instância seguinte. O MPT destacou a negligência da Uesb em agir diante das denúncias registradas na Ouvidoria, evidenciando a gravidade da situação.

De acordo com relatos, funcionários vivenciaram episódios de intimidação e invasão de privacidade nas redes sociais, levando uma profissional a ser diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático. O parceiro local do Bahia Notícias, Achei Sudoeste, confirmou essas informações alarmantes.

Para Moacy Neves, presidente do Sinjorba, essa condenação é uma oportunidade para transformação dentro da Uesb. Ele enfatiza que a instituição deve aproveitar este momento para reconstruir sua imagem, implementando protocolos que protejam todos os membros da comunidade acadêmica contra qualquer forma de assédio.

A Uesb, ao ser questionada pelo Bahia Notícias, respondeu que ainda não recebeu notificação oficial sobre a decisão judicial, o que é essencial para que medidas administrativas possam ser tomadas. A universidade defendeu que a Justiça não reconheceu a prática de assédio por parte do diretor envolvido.

“Estamos analisando as possibilidades de recorrer, pois essa decisão ainda não é definitiva”, acrescentou a instituição em nota oficial. A universidade também destacou que o valor da indenização deve ser destinado ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (FUNTRAD), enfatizando que não se trata de uma compensação às supostas vítimas.

Como você vê essa situação? Acredita que a Uesb conseguirá se reerguer e adotar novas práticas que promovam um ambiente seguro e respeitoso para todos? Deixe sua opinião nos comentários!

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