Um ano após a trágica queda do voo 2283 da Voepass em Vinhedo (SP), neste sábado (9), familiares das vítimas uniram-se para inaugurar um comovente memorial em homenagem aos passageiros e tripulantes que perderam suas vidas. O ato ecumênico, que incluiu o simbólico plantio de árvores, foi um momento de profunda reflexão e solidariedade, marcando a dor e a esperança de um futuro mais seguro para a aviação brasileira.
Na fatídica tarde de 9 de agosto de 2024, a aeronave ATR 72 500 da Voepass/Latam caiu no condomínio Residencial Recanto Florido, resultando na morte de todas as 62 pessoas a bordo, incluindo 58 passageiros e quatro tripulantes. Em sua trajetória, o avião havia decolado do Aeroporto Coronel Adalberto Mendes da Silva, em Cascavel (PR), com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou que, durante o voo, a aeronave enfrentou condições meteorológicas severas que levaram à formação de gelo.
Momentos antes do acidente, a aeronave iniciou uma curva à direita e, tragicamente, entrou em uma condição chamada stall, resultando na perda de controle e, consequentemente, na colisão com o solo, em uma área residencial. O Cenipa descreveu essa sequência de eventos com detalhes técnicos, ressaltando a complexidade da situação enfrentada pelos pilotos.
Famílias das vítimas e seus representantes, como o advogado Luciano Katarinhuk, expressam a esperança de que os responsáveis pela tragédia sejam identificados e punidos. “Isso não é vingança, é justiça”, afirmou ele, destacando a angústia que ainda persiste pela falta de um desfecho nas investigações.
“As famílias esperam que os responsáveis sejam denunciados e punidos, para que um evento tão trágico não se repita na aviação brasileira.”, complementou Katarinhuk, refletindo o desejo das famílias por justiça e segurança.
O Cenipa continua a investigação da queda, avaliando os dados dos gravadores de voo e conduzindo análises detalhadas do acidente, com uma equipe multidisciplinar que busca identificar os fatores que contribuíram para a tragédia. No entanto, ainda não há previsão para a conclusão desse processo investigativo.
A Voepass Linhas Aéreas admitiu que a tragédia foi “o episódio mais difícil” na história da empresa. Em sua nota, a companhia enfatizou o apoio contínuo às famílias das vítimas e seu comprometimento na transparência com as autoridades no que diz respeito às questões indenizatórias.
Essa dor coletiva, agora lembrada e perpetuada neste memorial, serve como um lembrete não apenas da tragédia, mas também da resiliência e da unidade das famílias que buscam justiça. Que essa lembrança inspire mudanças para que eventos semelhantes nunca mais ocorram. E você, o que pensa sobre essa questão? Compartilhe suas reflexões nos comentários.