Na madrugada do dia 12 de agosto, o céu se iluminou com a famosa chuva de meteoros Perseidas, um fenômeno celeste que ocorre anualmente entre os dias 17 de julho e 24 de agosto. Este espetáculo cósmico se dá enquanto a Terra cruza a trilha deixada pelo cometa 109P/Swift-Tuttle na constelação de Perseus. Embora o Brasil não ofereça a vista deslumbrante que podem testemunhar os países do Hemisfério Norte, é possível observar alguns traços luminosos, especialmente nas regiões norte e nordeste, após a 1h30 da manhã, horário de Brasília.
O auge dessa chuva proporciona uma taxa impressionante de até 100 meteoros por hora, um número estimado em condições ideais — céu completamente escuro e com o radiante (o ponto de origem dos meteoros) em seu ponto mais alto no céu. No Brasil, a visibilidade é limitada, já que a constelação de Perseus não se ergue muito acima do horizonte. Isso, combinado com a presença da lua cheia, torna a observação ainda mais desafiadora, resultando em um número menor de meteoros visíveis, mesmo em localidades onde o evento é tradicionalmente espetacular.
Apesar das dificuldades, registros incríveis foram feitos. Um dos destaques foi capturado em Taquara, no Rio Grande do Sul, pelo Observatório Heller & Jung. O professor Carlos Fernando Jung, responsável pelo observatório, compartilhou que às 00h14, um meteoro cruzou a atmosfera a 93,9 km de altitude, consumindo-se ao sul, sobre a costa em Palmares do Sul, com uma duração de 2,63 segundos e uma magnitude de -1,5.
Outro registro notável foi feito pelo astrônomo amador Renato Poltronieri em Nhandeara, São Paulo. Ele utilizou suas habilidades para documentar o evento, capturando a beleza dos meteoros em ação.
Mundos além do Brasil também testemunharam a beleza das Perseidas. A astrofotógrafa Mary McIntyre, da Inglaterra, registrou imagens entre os dias 9 e 11 de agosto, mostrando que o fenômeno é realmente global. Seu registro de um meteoro sutil após longas horas de captura exemplifica a paciência e dedicação para captar esses raros momentos.
Conforme a poluição luminosa da lua cheia começa a diminuir, a expectativa é que as condições melhorem. A lua entrará na fase minguante no dia 16 de agosto e, até a nova lua em 23 de agosto, as chances de ver as tão sonhadas “estrelas cadentes” se multiplicam. Que tal aproveitar essa oportunidade para contemplar o céu e, quem sabe, fazer um pedido especial? Vamos ficar de olho nas noites que se aproximam!
Gostou de saber mais sobre as Perseidas? Compartilhe suas próprias experiências de observação nos comentários ou conte qual foi seu pedido ao ver uma estrela cadente!