Um caso de gordofobia estrutural no Fórum 2 de Julho, do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia, gerou repercussão nas redes sociais após a denúncia do advogado Ives Bittencourt. Em um post impactante, ele relatará a instalação de uma cadeira específica para pessoas obesas que, ao contrário de estar integrada ao ambiente, foi posicionada de forma isolada, evidenciando uma postura excludente.
Bittencourt descreve que essa cadeira estava centralizada sob um telão, transformando quem se sentasse ali em um “alvo visível”. Esta disposição, segundo ele, ilustra uma abordagem que não apenas falha em incluir, mas também enaltece um estigma, perpetuando a ideia de que corpos gordos devem ser destacados como desvios. A acessibilidade, nesse contexto, se torna uma fachada, e ele questiona o sentido de oferecer espaço se este não garante dignidade e liberdade.
Na legenda do vídeo que acompanha sua denúncia, o advogado enfatiza que a verdadeira inclusão deve considerar o bem-estar e a dignidade de todos, apontando que “acessibilidade que constrange não é inclusão, é violência”. Seu apelo é claro: a Justiça do Trabalho deve reavaliar essa abordagem, transformando a acessibilidade em algo que integre, e não que exclua.
Em resposta, o TRT-BA se comprometeu a visitar o local no dia 22 de agosto, com o intuito de identificar eventuais barreiras à acessibilidade e garantir que todos se sintam bem-vindos na nova sede. Em comunicado, o tribunal reafirma seu compromisso com a inclusão e assegura que possui várias medidas em vigor para atender à diversidade de seu público.
Esse caso nos leva a refletir sobre a importância de ambientes realmente inclusivos. E você, o que pensa sobre a acessibilidade em nosso país? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos promover essa discussão juntos!