Em uma coletiva significativa da oposição no Senado Federal, realizada na última sexta-feira (18), o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) fez ecoar uma série de declarações controvérsidas. Em meio a uma nova operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Chrisóstomo não hesitou em exaltar o golpe militar de 1964, manifestando um peculiar “orgulho” pelas Forças Armadas daquele período.
Durante sua fala, o deputado fez um apelo contundente: “Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro. Estejam ao lado da democracia”, clamou, revelando sua ligação com as Forças Armadas e sua nostalgia em relação ao passado militar do país. Contudo, deixou sem resposta questões sobre a interpretação de sua declaração como um pedido por uma intervenção militar.
Ao seu lado, Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado, optou por não discutir as palavras de Chrisóstomo, salientando apenas que cada parlamentar possui “direito à livre manifestação”. Essa atitude ressalta a tensão crescente entre os membros do PL e outras instituições.
Cristianizando ainda mais a conjuntura, o deputado criticou o Supremo Tribunal Federal, imputando a ele uma postura de perseguição contra Bolsonaro. “Não podemos ter uma autoridade perseguindo impiedosamente um ex-presidente que só deseja o bem do Brasil. Queremos paz”, afirmou Chrisóstomo.
Por fim, o parlamentar lançou um apelo à imprensa para que “defenda o Brasil” e o “povo brasileiro”, afirmando que a atual situação do país é inaceitável. Suas declarações refletem a crescente tensão entre os aliados de Bolsonaro e o Judiciário, especialmente em face das operações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
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