Na noite de sexta-feira, 29 de agosto, um incidentes violento em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, chamou a atenção. Um policial penal, identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini, disparou um tiro que atingiu o pé de um entregador de aplicativo, Valério Júnior. O ocorrido foi registrado em vídeo pela própria vítima e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando indignação.
A discussão que antecedeu o disparo começou quando Valério se recusou a deixar a entrega na porta do apartamento do policial. Em um momento de tensão, o policial proferiu: “Você não subir é uma parada”, antes de efetuar o disparo. A ação imediatamente levantou questões sobre a conduta de autoridades e os direitos dos trabalhadores de entrega.
O iFood, responsável pela plataforma de entrega, expressou seu pesar através de uma declaração, deixando claro que não tolera qualquer forma de violência contra seus entregadores. A empresa ressaltou que as regras de entrega devem ser rigorosamente seguidas, permitindo que as entregas sejam realizadas apenas no primeiro ponto de contato, como o portão da casa ou a portaria do prédio. Para apoiar Valério, o iFood se comprometeu a oferecer assistência jurídica.
“O iFood não tolera qualquer tipo de violência contra entregadores parceiros e lamenta muito o acontecido com o entregador Valério de Souza Júnior. Quando as regras são descumpridas, são aplicadas sanções que podem ir desde advertências até o banimento da plataforma,” esclareceu a nota oficial da empresa.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) também se manifestou sobre o caso. Em nota, a secretária Maria Rosa Nebel afirmou que a Seap não compactua com tal conduta e que a Corregedoria da instituição está acompanhando o caso junto à polícia. A solidariedade ao entregador foi expressa claramente em suas declarações.
Após o incidente, motoboys de diversas regiões do Rio se mobilizaram em protesto, se dirigindo à residência do policial penal em um ato de solidariedade a Valério. Este ato de resistência e união foi capturado em vídeos, mostrando a força da categoria diante de situações de violência.
Queremos ouvir a sua opinião sobre a situação. O que você acha que deve ser feito para proteger os entregadores e garantir um ambiente mais seguro para todos? Comente abaixo e participe da conversa!