
Em Ilha de Maré, Salvador, um turbilhão de acusações ronda a figura da vereadora Eliete Paraguassu. Moradores localizam nela a responsável por um crime ambiental, atribuído à construção de um muro que, segundo eles, destrói parte do manguezal à beira da sua residência, situada em uma área conhecida como Porto dos Cavalos.
Cerca de dez anos atrás, agentes de órgãos federais já haviam alertado a comunidade sobre a proibição de qualquer modificação na região, visando proteger a vegetação nativa. Recentemente, imagens revelaram a obra em andamento, com materiais de construção visivelmente próximos ao imóvel da vereadora.
“Ela cortou o manguezal e jogou cascalho. Quando a maré vem e tira o cascalho, e o manguezal começa a crescer, ela joga cascalho de novo”, relatou um morador, representando a indignação da comunidade.
O contraste é claro: Eliete Paraguassu, defensora de pautas ambientais e figura-chave em sua campanha, e sua recente ação que desafia seus próprios princípios. Eleita em 2024, a vereadora, marisqueira, pescadora e quilombola, prometeu lutar pelo meio ambiente e pelo bem-estar da população negra. Agora, a sua conduta levanta questões sobre a autenticidade de seus compromissos.
A discussão em torno da construção do muro não só expõe um possível crime ambiental, mas também lança luz sobre o dilema da coerência entre discurso e prática. Em um espaço tão vital como o manguezal, as escolhas feitas dizem muito sobre os verdadeiros valores de seus guardiães.
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