Na madrugada de quinta-feira, 3 de julho, um acontecimento chocante e controverso marcou a Rodoviária do Plano Piloto. Uelitana Maria de Lima, de 55 anos, e seu marido, Denivaldo de Almeida Bento, de 47, ambulantes que buscavam sustento, se tornaram vítimas de uma perseguição e agressão realizada por seguranças privados da Catedral, a empresa responsável pela gestão do terminal. Sua trajetória começou em Sobradinho 2, onde saíram de casa determinados a vender blusas de frio, cachecóis e bolsas.
Por volta das 5h30, mesmo distantes do terminal, a situação virou pesadelo. “O que eles fizeram com a gente não foi certo. Eles não têm o direito de correr atrás da gente nem de pegar as nossas coisas”, desabafou Uelitana à reportagem do Metrópoles conforme recordava o medo daquela manhã.
O casal já estava próximo ao Teatro Nacional quando os seguranças os alcançaram. “A gente correu para um lado, correu para o outro, mas não aguentou mais”, revelou Uelitana. Encurralados em um gramado, foram agredidos por cerca de cinco minutos. Uelitana sofreu ferimentos na perna durante a abordagem, enquanto Denivaldo também foi chutado e pisoteado. “Quase quebraram a minha perna. O dedo dele quase foi quebrado”, ela descreveu, a voz embargada pelas lembranças do ataque.
Após a agressão, o casal registrou queixa e realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O caso agora está sob investigação da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal.
A concessionária responsável pela administração da Rodoviária do Plano Piloto se manifestou sobre os acontecimentos. Em nota, afirmaram que as ações de fiscalização realizadas são de responsabilidade dos órgãos públicos competentes. Destacaram que até o momento não receberam registros oficiais acerca do incidente, mas se comprometeram a apurar a situação internamente. “Reafirmamos nosso compromisso com o respeito à população e a segurança de todos que circulam pelo terminal”, finalizaram.
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