31 agosto, 2025
domingo, 31 agosto, 2025

Visitante interestelar foi visto por caça-planetas da NASA meses antes de ser descoberto

Compartilhe

No vasto universo, as surpresas nunca param. Um recente artigo no servidor de pré-impressão arXiv revelou um fato fascinante: o Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA capturou o cometa 3I/ATLAS, um visitante interestelar, dois meses antes de sua descoberta oficial. Esse objeto, o terceiro de seu tipo registrado no Sistema Solar, tornou-se o centro das atenções quando a comunidade científica ficou ciente desse achado intrigante.

Mas o TESS não estava sozinho em sua observação; o Observatório Vera C. Rubin, recém-inaugurado no Chile, havia também detectado o cometa em 21 de junho, poucos dias antes de seu catálogo oficial em 1º de julho. O que torna isso ainda mais impressionante é que o TESS, apesar de não ter sido projetado para identificar corpos tão tênues e distantes, estava em sua missão habitual de analisar quedas de brilho estelar.

TESS conseguiu observar o 3I/ATLAS entre os dias 7 de maio e 2 de junho. Movidos pela inquietação e curiosidade, os pesquisadores Adina Feinstein, Darryl Seligman e John Noonan revisitaram os arquivos do TESS e, para sua surpresa, se depararam com evidências do “forasteiro”. A equipe utilizou uma técnica chamada “empilhamento de deslocamentos” para revelar um sinal que, isoladamente em cada imagem, passaria despercebido.

Durante esse período de observação, o 3I/ATLAS estava a uma distância que variava de 6,35 a 5,47 unidades astronômicas do Sol, aumentando seu brilho de forma surpreendente. As especulações sobre esse fenômeno foram variadas, desde falhas de medição até teorias arrojadas sugerindo origens alienígenas. No entanto, os autores do estudo propuseram uma explicação mais plausível: a liberação de compostos “hipervoláteis”. O Telescópio Espacial James Webb (JWST) corroborou essa hipótese, revelando uma composição química peculiar através de medições precisas.

Imagens de 3I/ATLAS processadas pelo TESS. Crédito: TESS/NASA.

Esses hipervoláteis apresentam a habilidade de sublimar a temperaturas mais baixas, resultando em um aumento significativo de brilho mesmo em grandes distâncias do Sol. Já as diferenças nas composições de cometas de outros sistemas estelares podem fornecer pistas valiosas sobre a formação de corpos celestes.

Análise infravermelha do JWST, que revelou a composição única do cometa. Crédito: NASA.

A análise contínua do 3I/ATLAS não só promete novas descobertas, mas também ressalta a importância de reavaliar os arquivos de telescópios e satélites. Cada novo visitante interestelar expande nosso conhecimento e nos convida a olhar para o passado com novos olhos, sempre em busca de mais informações que possam estar escondidas nos dados antigos. Afinal, o universo continua a nos surpreender e a história deste misterioso viajante cósmico apenas começou.

Você já ouviu falar sobre outros visitantes interestelares? Que teorias você acha que poderiam explicar fenômenos como o 3I/ATLAS? Compartilhe suas ideias nos comentários!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você