Na última semana, uma decisão do juiz Alexei Malaquias de Almeida, da 15ª Vara do Trabalho de Salvador, condenou o Vitória a pagar cerca de R$ 5 milhões ao zagueiro Bruno Uvini devido a atrasos salariais. Em resposta, o clube rubro-negro anunciou que recorrerá da sentença, afirmando que “pontos importantes do processo não foram devidamente analisados”.
Em comunicado oficial, o Vitória expressou sua discordância em relação à decisão, destacando que sempre assegurou condições adequadas para o desempenho do atleta e que buscou alternativas para manter o vínculo. O clube enfatizou que havia propostas destinadas à valorização do jogador no mercado.
O Vitória também contestou a decisão por não ter considerado a falta de notificação prévia quanto aos alegados atrasos e por desrespeitar o princípio da boa-fé contratual. Além disso, apontou que o juiz ignorou o requisito de imediatidade para reconhecer uma eventual falta patronal, o que, segundo o clube, contraria entendimentos estabelecidos na Justiça do Trabalho.
Desde o início de 2025, Bruno Uvini está fora dos planos do Vitória e não atua desde julho de 2024. Contratado em abril, o zagueiro fez apenas oito aparições com a camisa do clube.
Em junho, o Departamento Jurídico do Vitória já havia se manifestado sobre a decisão, alegando que o atleta “abandonou atividades indicadas” e tentava “desvincular-se das suas obrigações contratuais com uma narrativa que lhe permita alcançar objetivos claros”.
O comunicado do clube, na íntegra, declara:
“O Esporte Clube Vitória informa que teve ciência da decisão proferida nos autos da ação movida pelo atleta Bruno Uvini Bortolança, na qual se reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho. Respeitosamente, o Clube discorda do teor da decisão e informa que irá recorrer, por entender que diversos pontos relevantes e controvertidos do processo não foram devidamente analisados, o que compromete o alcance da verdade real e a aplicação correta do direito.”
“O Clube reforça que sempre garantiu ao atleta condições adequadas para o exercício de suas atividades, além de ter buscado soluções alternativas para a continuidade do vínculo, inclusive com propostas que visavam sua valorização no mercado.”
“A decisão não levou em consideração, por exemplo, a ausência de notificação prévia quanto a supostos atrasos e o princípio da boa-fé contratual, além de ignorar o requisito da imediatidade para o reconhecimento de eventual falta patronal, contrariando entendimentos pacificados nos tribunais.”
“O Esporte Clube Vitória reafirma seu compromisso com o cumprimento da legislação e dos contratos que celebra, e confia que as instâncias superiores irão reavaliar os elementos do processo com a devida profundidade e técnica jurídica.”
Salvador/BA, 04 de agosto de 2025.
Esporte Clube Vitória
O cenário está cada vez mais tenso entre o clube e o atleta. Como você vê essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa conversa!