Walter Viterbo, renomado especialista em acupuntura e medicina da dor, destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento da dor. Em sua trajetória, ele sempre defendeu que os profissionais de saúde, independentemente da especialidade, devem estar aptos a reconhecer e tratar a dor em seus pacientes. Recentemente, presenciou a 7ª Jornada Norte-Nordeste de Acupuntura e Dor, promovida em Salvador. O evento reuniu médicos de diversas áreas, como ortopedia, reumatologia e cuidados paliativos, todos unidos pela causa de oferecer tratamentos mais eficazes e integrados.
Walter enfatiza que é hora de romper com a ideia de que a dor pertence apenas a algumas especialidades. Antigamente, urologistas e ginecologistas, por exemplo, tratavam a dor de maneira isolada, mas hoje foi reconhecido que a dor é uma questão que pode e deve ser abordada por todos os profissionais de saúde. Essa evolução é vital para que o tratamento não seja relegado apenas aos casos mais severos.
Um dos temas centrais discutidos na jornada foi a utilização do canabidiol no tratamento da fibromialgia, além de novas abordagens que garantem direitos semelhantes aos de outras patologias para os pacientes. O evento também destacou inovações tecnológicas, como a utilização de ortobiológicos, que utilizam o próprio sangue do paciente para tratar condições como artrose, e técnicas cirúrgicas menos invasivas, que permitem tratamentos mais seguros e eficazes.
O impacto das emoções na dor também foi tecido no diálogo da jornada. A relação entre estresse, ansiedade e dor é intensa; um paciente que já sofre com dor pode ver sua condição se agravar sob a pressão emocional. @Casa moderna, essa preocupação é ainda mais pertinente, considerando o aumento da lombalgia e enxaqueca, frequentemente impulsionados por fatores emocionais e comportamentais exacerbados pela pandemia.
A acupuntura, uma prática que se mantém essencialmente tradicional, continua a mostrar resultados positivos no alívio de dores físicas e emocionais. Com a validação da Organização Mundial da Saúde, mais de 30 condições são reconhecidas como tratáveis por essa técnica, que inclui novas ferramentas como a eletroestimulação. O mais impressionante é que o tratamento não se limita a dores físicas; questões como ansiedade, estresse e insônia também encontram alívio por meio da acupuntura.
Walter ainda alerta sobre os perigos da automedicação. A crença de que remédios que funcionaram para outra pessoa possam ser aplicáveis a um novo caso é um equívoco comum. Um diagnóstico detalhado é fundamental para traçar um plano de tratamento seguro e eficaz. O princípio de que o médico deve “primeiro não prejudicar” deve sempre ser a norteadora da prática médica.
Em suma, a jornada liderada por Walter Viterbo não apenas reafirma a necessidade de um tratamento holístico da dor, mas também serve como um chamado à ação para médicos e pacientes. A dor é uma experiência universal, e a compreensão de seu tratamento deve ser um esforço conjunto. Como você tem lidado com a dor na sua vida? Compartilhe sua experiência nos comentários e vamos continuar essa conversa!