No dia 12 de novembro de 2024, durante uma conversa telefônica, o presidente da China, Xi Jinping, destacou que a relação entre a China e o Brasil alcançou um marco sem precedentes. Em uma época de intensa competição comercial e desafios geopolíticos, Xi e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostraram firmes defensores da autossuficiência no Sul Global.
Esse diálogo aconteceu logo após o anúncio de uma nova prorrogação de 90 dias na trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China, uma manobra do presidente Donald Trump. Lula, por sua vez, havia revelado planos de discutir com líderes da Índia e da China estratégias de resposta às tarifas americanas. O desejo de ambos os países é claro: fortalecer um sistema comercial que contraponha as táticas protecionistas do governo Trump.
Durante a conversa, Xi reforçou seu compromisso em colaborar com o Brasil para estabelecer um exemplo de unidade e autossuficiência entre nações do Sul Global. Ele enfatizou a necessidade de ação conjunta contra o unilateralismo e protecionismo, um recado direto às políticas tarifárias dos Estados Unidos, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.
No comunicado da presidência brasileira, a conversa foi descrita como produtiva, com duração de aproximadamente uma hora. Os líderes discutiram não apenas a questão das tarifas, mas também temas como a guerra na Ucrânia e a mudança climática. Ambos concordaram sobre a importância do G20 e do BRICS como defensores do multilateralismo e se comprometeram a expandir a cooperação em áreas como saúde, petróleo, economia digital e satélites.
A China vem aumentando sua influência na América Latina, superando os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil. Este laço é vital, especialmente para a exportação de soja, um produto essencial para a China, que depende amplamente das importações. Sem dúvida, o Brasil e a China estão trilhando um caminho promissor de cooperação que poderia redefinir as dinâmicas econômicas na região.
Lula, em sua visita de Estado à China em maio, declarou na presença de líderes latino-americanos que a região busca evitar uma nova Guerra Fria, reafirmando o desejo de uma parceria que promova desenvolvimento e estabilidade.
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