O XIII Fórum de Lisboa, que acontece de 2 a 4 de julho, reúne líderes globais em um espaço de reflexão sobre os impactos da inteligência artificial na sociedade. Esse encontro em Portugal aborda as transformações profundas que essa tecnologia provoca, destacando as oportunidades e os riscos que surgem com seu avanço.
Na abertura do evento, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, alertou sobre os “riscos temíveis” que emergem da inteligência criada pelo homem. Ele afirmou que, embora a era da inteligência traga soluções inovadoras, também apresenta desafios de exclusão e controle em um ritmo acelerado. “As transformações das últimas décadas, com a IA, estão se tornando exponenciais e urgentes”, declarou Mendes.
Mendes citou o exemplo dos Emirados Árabes, onde a IA já é integrada nas políticas públicas, sugerindo leis e participando de conselhos de administração. Ele expressou sua esperança de que as discussões durante o fórum possam moldar um futuro onde a tecnologia beneficie toda a humanidade e o planeta.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, também se manifestou, ressaltando que a IA está em pauta no Congresso Nacional. Ele mencionou projetos de lei focados em proteger direitos constitucionais no ambiente digital, abordando desde a proteção de crianças até a titularidade de invenções geradas por IA. Um marco legal está em discussão, visando garantir inovação sem sacrificar direitos fundamentais.
A visão do futuro foi reforçada pelo diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Eduardo Vera Cruz Pinto, que enfatizou a importância de aprender a utilizar a tecnologia de forma eficaz. “A tecnologia avança rapidamente; precisamos fazer as perguntas certas para não sermos superados”, disse ele.
Durante a abertura, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, destacou a relevância do evento na busca por soluções concretas diante dos desafios contemporâneos. Ele lançou um movimento nacional pela pacificação política, convocando líderes a evitar que divergências se tornem conflitos. Simonetti defendeu uma democracia baseada na pluralidade de ideias e no diálogo.
O XIII Fórum de Lisboa reúne 500 palestrantes internacionais e 57 painéis sobre temas cruciais como direito, democracia e sustentabilidade. Celebrado por sua relevância política, o evento, apelidado de Gilmarpalooza, é organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e outros centros de pesquisa de renome.
Esse é o momento de refletir sobre o futuro que queremos construir. Qual é a sua visão para o uso ético da inteligência artificial? Compartilhe sua opinião nos comentários!