O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que há possibilidade de existir novas vítimas do ciclone extratropical que atingiu o Estado. A declaração foi dada durante um entrevista coletiva na noite desta terça-feira, 5. Mais cedo, Leite confirmou 21 mortes em decorrência do fenômeno. No total, o ciclone causou 22 mortes no Sul do país. Uma das mortes ocorreu em Santa Catarina. De acordo com o governador, os outros corpos podem ser achados quando as águas baixarem, permitindo que as equipes de resgate acessem áreas isoladas. “A remoção dos corpos é bastante complexa”, disse Leite, que lamentou a tragédia que atingiu o território gaúcho. “Não tem sido um ano fácil, por questões das chuvas, mas o nosso povo tem sido resiliente e eu tenho certeza que estaremos unidos para superar essas adversidades”. Ainda segundo Leite, algumas cidades estão debaixo d’água e que o IGP (Instituto-Geral de Perícias) do RS está de prontidão para auxiliar na identificação dos corpos. Muçum e Lajeado são duas dessas cidades. O governador esclareceu que, neste momento, as aeronaves estão focadas em ajudar no resgate das pessoas e também em levar pacientes de áreas alagadas para outras unidades de saúde. Moradores das regiões mais afetadas receberão atendimento psicológico.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande Sul, 52 mil pessoas foram atingidas pelo ciclone. Deste número, são 1.650 desabrigados e 2.984 desalojados até a tarde desta terça-feira. Mais cedo, Leite afirmou que esta é a “maior tragédia já registrada no Estado”. Em junho, a passagem de um ciclone deixou 16 mortos no Rio Grande do Sul. Ele confirmou que solicitou o apoio do Governo Federal. “Já falei com ministros, com o ministro Waldez Góes, da Integração, o ministro Múcio, da Defesa, o ministro Pimenta, que é um ministro gaúcho no Governo Federal, para ter todo o apoio do Governo Federal”.