O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez nesta quarta-feira (22) um discurso durante a abertura da audiência pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, solicitado pelo Mário Negromonte Jr. (PP-BA), foi quem solicitou a audiência para debater as previsões da Fazenda para a economia brasileira e as probabilidades de política monetáeia e inflação. Durante sua fala, ele alegou que a parceria entre o Executivo e o Legislativo “está funcionando e funcionando bem”, apesar dos impasses acerca da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. “Quando a gente faz um acordo em torno de um projeto, não é para os dois saírem insatisfeitos do acordo. É para os dois saírem satisfeitos. Você pode olhar pelo lado do que perdeu, ‘não aprovei o Perse como gostaria, não aprovei a reoneração como gostaria’. Mas posso olhar do lado benéfico e falar: ‘o que teria sido do país se os dois Poderes não tivessem sentado à mesa, chegado a um caminho para melhorar as contas públicas?’”, começou dizendo.
“Estamos voltando à disciplina, estamos voltando à mesa de negociação, com a planilha na mão e com a Constituição na mão para ir buscar o melhor caminho para o país. Esse ajuste está sendo feito com o menor custo social possível”, acrescentou. O ministro ainda reafirmou que é papel do Congresso fazer a interlocução “entre o necessário e o possível” nas tratativas acerca da agenda indicada pela equipe econômica com “medidas delicadas” e orientar o ritmo dos ajustes.
Ainda durante o aceno para os parlamentares, ele falou que devia agradecimentos ao Congresso devido à atuação perante as fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul.
“É um estado de calamidade [no Rio Grande do Sul], também aqui devo agradecimentos ao Congresso Nacional, está tudo sendo pactuado, tudo sendo acompanhado pelos presidentes das duas Casas [Arthur Lira e Rodrigo Pacheco] e pelos parlamentares envolvidos na apresentação de projetos voltados para aquela crise climática”, disse.
“Estamos fazendo passo a passo, estamos tomando as medidas necessárias para compor um quadro de sustentação para recuperação do Rio Grande do Sul, que a nós interessa que seja a mais rápida possível. Queremos que a economia do Rio Grande do Sul volte e se recupere o mais rapidamente possível”, continuou.