O empresário Luís Felipe Belmonte afirmou à Polícia Federal que pagou R$ 9,5 mil para reformar o escritório de Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do presidente.
Em depoimento, Belmonte diz que foi o próprio Jair Renan e o parceiro comercial dele, Allan Lucena, que pediram uma contribuição financeira para melhorar a sala comercial. A PF apura se o filho de Jair Bolsonaro atuou junto ao governo federal em benefício da própria empresa. O depoimento foi revelado nesta sexta-feira (13) pelo jornal “O Globo”.
A PF tenta esclarecer as circunstâncias em que Jair Renan conseguiu a ajuda de empresários para financiar a montagem de um escritório dentro do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Aos investigadores, o empresário afirmou que não pediu nem recebeu contrapartida de Jair Renan pela doação na reforma do escritório.
Belmonte afirmou não ter nenhum negócio com o poder público e que o fato de Jair Renan ser filho do presidente da República é “irrelevante”. O empresário foi um dos principais financiadores e organizadores do Aliança Brasil, partido que Bolsonaro pretendia criar, mas que não teve a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ser criado.
No último dia 7 de abril, Jair Renan Bolsonaro depôs durante três horas à Polícia Federal acompanhado do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
Segundo Wassef, Jair Renan nunca recebeu qualquer vantagem indevida e nem atuou a favor de nenhuma empresa junto ao governo federal.