Uma família de judeus brasileiros que reside em Israel está vivendo o drama do sequestro da jovem Celeste Fishbein, de 18 anos, capturada pelo grupo Hamas. No ataque dos extremistas a Israel, ao menos 199 pessoas foram levadas para Gaza como reféns. Uma guerra foi iniciada em resposta e já há mais de 3,7 mil mortos confirmados nos dois lados.
Celeste é filha e neta de brasileiros. Ela trabalhava como cuidadora de crianças em uma escola infantil e desapareceu no início da guerra (7/10). Após sete dias sem notícias dela, uma informação do exército israelense fez a família acreditar que ela deve estar entre os reféns do Hamas.
A mãe de Celeste, Gladys Fishbein, desabafou sobre a falta de informações sobre a filha e relatou que está difícil reunir forças para continuar lutando para conseguir notícias.
“A verdade é que a situação é insuportável. Eu não sei aonde ela está. Eu não sei a condição dela. Eu não sei como ela está se sentindo. Não sei. Eu fico louca”, disse a mãe de Celeste, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Localização do celular reacendeu a esperança
Mario Fishbein, tio de Celeste, revelou que registros do celular dela em Gaza deram esperanças de mais informações.
“Sabemos que o telefone dela está lá em Gaza. Não localizaram o telefone em si, localizaram o último sinal do telefone. Mas isso não quer dizer nada, o telefone pode estar em um lado e ela pode estar em outro”, explicou.
A família admite que a preocupação aumenta com o passar dos dias. “Vai passando o tempo e você vai ficando mais desesperado, porque eles não passam nenhum tipo de informação”, reconheceu Mario.
Amostra de DNA
Na última quarta-feira (11/10), a mãe de Celeste foi até Gaza para dar uma amostra de DNA da filha, para saber se ela poderia estar entre as vítimas da guerra. No entanto, até sexta-feira (13/10), não havia notícias sobre o paradeiro da jovem.
A esperança, no entanto, prevaleceu: chegou a notícia de que Celeste provavelmente está entre as pessoas sequestradas pelo Hamas – o que significa que ela não está entre as vítimas já encontradas.
No dia do ataque, Celeste e o seu namorado estavam na casa dela no Kibutz Be’eri, uma comunidade agrícola bem próxima da Faixa de Gaza.