O governo da França proibiu, nesta sexta-feira (24/3), que funcionários públicos instalem “aplicativos recreativos” nos celulares de trabalho. O principal alvo é o TikTok. Essa medida acontece após países da União Europeia e os Estados Unidos (EUA) restringirem ou banirem o uso do app entre os servidores.
“Após uma análise das questões, em particular de segurança, o governo decidiu proibir o download e instalação de aplicativos recreativos em telefones comerciais fornecidos para funcionários públicos”, comunicou o Ministério da Transformação e Função Pública da França.
Segundo o ministro francês Stanislas Guerini, a medida serve “para garantir a segurança cibernética” das administrações e dos funcionários públicos. Guerini publicou a decisão no Twitter.
Pour garantir la cybersécurité de nos administrations et de nos agents publics, le @gouvernementFR a décidé d’interdire les applications récréatives comme TikTok, sur les téléphones professionnels des fonctionnaires d’État. @jnbarrot pic.twitter.com/avxtpKZ6uu
— Stanislas Guerini (@StanGuerini) March 24, 2023
“Os aplicativos recreativos não têm os níveis de cibersegurança e proteção de dados suficientes para serem implantados em equipamentos administrativos. Esses aplicativos podem, portanto, constituir um risco para a proteção dos dados dessas administrações e de seus funcionários públicos”, diz o trecho da nota do ministério.
Uma fonte do governo da França contou ao Le Monde que a proibição incluiria “aplicativos de jogos como Candy Crush, aplicativos de streaming como Netflix e aplicativos recreativos como TikTok”.
O governo da França também afirmou que a proibição será aplicada de forma “imediata e uniformemente”. No entanto, “exceções podem ser concedidas a título excepcional para necessidades profissionais como a comunicação institucional de uma administração”.
O aplicativo de compartilhamento de vídeos é uma febre mundial. Porém, nos últimos dias os EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda e Nova Zelândia alertaram seus servidores públicos para não usar o TikTok nos dispositivos oficiais por temer laços com o governo comunista da China.
