Kamilla Almeida Doudement, 30 anos, a golpista condenada por mais de 240 crimes cometidos contra vítimas de diversos estados, foi presa pela Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) em Taguatinga na manhã desta quarta-feira (9/10). O mandado de prisão foi expedido após a criminosa descumprir as normas da prisão domiciliar.
Segundo as autoridades do Núcleo de Recaptura da PPDF, Kamilla, que ganhou notoriedade após ser indiciada por vender ingressos falsos ao show da banda irlandesa U2, forneceu vários endereços incorretos à Justiça ao longo do cumprimento da pena.
Por meio das investigações, os policiais localizaram a golpista em um endereço em Taguatinga, onde ela foi presa por volta das 9h desta quarta-feira.
A mulher foi encaminhada à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) e deverá voltar à custodia da Penitenciária Feminina do DF, onde ela já cumpriu pena em 2017 e 2019.
Mais de 200 crimes
Em 2017, Kamilla Almeida Doudement foi indiciada por cometer diversos crimes de furto e estelionato no Distrito Federal e contra vítimas de diversos estados.
De acordo com os investigadores da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Kamilla vendeu ingressos falsos a pelo menos 10 fãs que desejavam assistir ao show da banda irlandesa U2, em São Paulo, no dia 25 de outubro daquele ano.
A estelionatária realizou a venda de ingressos a vítimas em vários estados do país, mas mandava envelopes vazios aos compradores.
Além disso, em 2016, a golpista realizou 242 compras com o cartão de crédito da ex-sogra. Segundo a PCDF, os gastos com roupas caras, restaurantes, viagens para o Nordeste e joias, bancados pela mãe do ex-companheiro, chegaram a valores de cerca de R$ 103 mil.
Kamilla não poupou nem a melhor amiga. Naquele mesmo ano, a criminosa furtou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da amiga, fez empréstimos e emitiu cheques no nome da vítima, dando um prejuízo de pelo menos R$ 5 mil.
Ao Metrópoles, à época, a mulher detalhou que ela e Kamilla se conheceram na infância. “Éramos amigas de dormir uma na casa da outra e nossas famílias se conheciam. Foi um golpe duro saber que ela furtou meus documentos e levou meu dinheiro”, disse.
A amiga contou que teve a sua CNH furtada quando foi ao hospital, ajudar Kamilla, que apresentava complicações na gravidez. “Mesmo frágil e com dores, ela conseguiu abrir minha bolsa e pegar a habilitação”, contou.