O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (11/5) que o Brasil está empenhado em encontrar uma solução para a crise enfrentada pela Argentina e que o problema só será resolvido com o apoio dos Estados Unidos e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As declarações foram dadas em Niigata, no Japão, onde Haddad se prepara para participar da reunião com ministros da Economia do G7. O ministro brasileiro foi convidado a participar do encontro.
Haddad falou sobre a Argentina em uma reunião com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.
“Eu trouxe esse problema porque a Argentina é um país muito importante no mundo e, particularmente, na América do Sul. A solução para a Argentina passa pelo FMI. Se o Brasil e os EUA estiverem juntos nesse apoio, isso pode facilitar muito as coisas para a Argentina”, disse Haddad.
“Ela (Yellen) até se surpreendeu por eu trazer esse assunto aqui. Uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G7 é para tratar desse assunto. Para nós, é fundamental que esse problema seja resolvido”, prosseguiu Haddad. “O presidente Lula tem a convicção de que a solução passa pelo FMI.”
Segundo Haddad, a secretária do Tesouro americano “se comprometeu a analisar as considerações” apresentadas pelo ministro sobre a situação da Argentina. Até o momento, nenhuma medida efetiva foi anunciada.
Café da manhã com empresários japonesesNo início do dia, em Tóquio, ainda antes de seguir para Niigata, Haddad participou de um café da manhã com empresários japoneses na embaixada do Brasil na capital do país.
Entre os temas discutidos, segundo o ministro, estava a reforma tributária.
“As relações com o Japão são históricas. Nós tratamos com várias empresas japonesas que tem filiais no Brasil e falamos sobre o ambiente de negócios para fortalecer os investimentos. Falamos muito da reforma tributária, que interessa demais aos investidores japoneses, e também sobre as exportações brasileiras para o Japão”, comentou Haddad.
O ministro da Fazenda citou a importância de o Brasil ter sido convidado para participar das reuniões com os ministros da Economia do G7.
“O Brasil vai presidir o G20 no ano que vem. Para nós, é muito importante uma sintonia entre o G7 e o G20 para que tenhamos não só a continuidade dos trabalhos, mas os resultados esperados pela comunidade internacional”, afirmou.