O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de São Paulo, Marcelo Cardinale Branco, afirmou o trabalho de elaboração de plano urbano e construção de novas moradias seguras para as pessoas que ficaram desabrigadas ou desalojadas no litoral norte do Estado vem sendo feito com a participação da população, de movo a evitar problemas sociais futuros. A declaração foi dada em entrevista para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, desta quarta-feira, 1º de março. “É preciso conversar com os moradores, saber onde eles gostariam que fosse a vila de passagem. Isso está sendo feito a quatro mãos. A ideia é fazer com a participação deles. Por isso estive ontem lá com muitas entidades. Estamos chegando em um consenso, algo transparente. É um trabalho árduo, mas estamos conseguindo fazer e com a participação da população local”, disse.
Segundo Cardinale, ao menos seis territórios planos em São Sebastião estão sendo estudados para a construção de residências fora de áreas de risco, dentre as quais três delas estão processos mais avançados, uma na Vila do Sahy, a segunda em Maresias e a terceira em Topolândia. Como o governador afirmou, uma vila de passagem será construída rapidamente para abrigar a população enquanto as moradias fixas não ficam prontas. “Já na segunda-feira de Carnaval [um dia após os maiores deslizamentos de terra] enviamos equipes para encontrar terrenos seguros. Localizamos algumas áreas. Temos três em análise, outras três com análises bem mais avançadas, uma na Vila do Sahy, outra em Maresias e a última em Topolândia. Na Vila do Sahy, estamos programando já fazer a construção de pontos habitacionais definitivos. Em Maresias, é uma área do município, estamos com equipes avaliando a construção de residências definitivas e de uma vila de passagem. Ou só habitações definitivas. Nós estamos conversando, fazendo algo bem aberto com a sociedade (…) a terceira área, a Topolândia, hoje, a tendência é ter uma vila de passagem e depois habitações definitivas, porque ela está um pouco mais distante da Vila Sahy, portanto o deslocamento das pessoas vai ser mais demorado. Se tivermos que optar por fazer uma vila de passagem mais longe é melhor para, depois, elas terem as habitações definitivas nas áreas mais próximas. Se fizesse o inverso, a gente criaria um problema maior lá para frente”, explicou.
Sobre os recursos para as construções, o secretário disse que o governo vai entrar com recursos estaduais, mas que deve contar com apoio de doações de empresas privadas para balancear o caixa. “É evidente que o recurso vai entrar na nossa pauta, mas a determinação do governador foi de nós resolvermos a questão da melhor forma possível, se necessário for com recursos do Estado. Muito felizmente, nós temos recebido muitas procuras para doações, inclusive de empresas. Grandes empresas têm nos procurado para auxiliar nessa elaboração do plano definitivo de construção das casas, de confecção da infraestrutura necessária. Nós vamos tocar todas as ações pelo Estado, pela Secretaria de Planejamento Urbano, com recursos orçamentários. E devemos abrir um outro fundo para que essas doações entrem. Para não ligar uma coisa na outra. Se eu precisar tomar uma atitude amanhã, que precise de R$ 1 milhão, nós vamos tomar e vamos pagar. Quando entrarem os recursos de doação do outro fundo, aí faremos uma compensação e um balanço de quanto foi necessário de recurso do Estado”, pontuou.