A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Itamaraju, realizou durante o dia desta segunda-feira, (14) a “I Conferência Municipal de Saúde Mental”.
O evento aconteceu no auditório do SENAR, que fica localizado a rua José Bonifácio Dantas, nº 366 (centro). A Conferência teve início: às 8h. com termino às 14h. E foi dirigido aos profissionais da área e de outras secretarias, usuários e gestores.
Participaram da mesa na abertura da Conferencia – a Psicóloga e Coordenadora do CAPS do município, Maria Auxiliadora Lins, a Coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental e também Psicóloga, Ana Clara Rodrigues, a Secretária de Desenvolvimento Social, Fabiana Angênica, o Secretário de Saúde, Luiz Fábio Lopes Santos e o prefeito, Dr. Marcelo Angênica. Um grande público compareceu para prestigiar o evento.
O Secretário de Saúde Luiz Fábio, falou da importância da Conferência e disse que está convicto que grandes ideias sairão do encontro “Estamos trazendo a discursão ao público. Estamos fazendo a diferença nas vidas das pessoas que precisam de assistência na área psíquica. A saúde mental em Itamaraju teve avanços significativos. Continuamos trabalhando duro para avançar muito mais”.
O prefeito Dr. Marcelo Angênica, falou que é de suma importância colocar a saúde mental em debate no atual momento. “ Vivemos em sociedade ágil e produtiva. As cobranças são enormes. Cada vez mais nosso tempo está ficando corrido e isso tem acarretado cargas emocionais negativas nas pessoas. Só no ano passado, três jovens cometeram suicídio. E olha que estou me referindo só aos jovens sem mencionar as outras faixas etárias. Suicídio é o extremo da degradação do ato emocional. Antes, uma pessoa com distúrbio era tratada como algo inútil. Com o novo modelo de tratamento, essas pessoas já são inseridas no contexto social. Vamos continuar dando muita atenção para a saúde metal em Itamaraju”, concluiu Marcelo Angênica.
Com o tema central “A política de Saúde Mental como Direito: Pela defesa do cuidado em Liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.
Ressalta-se, que essa Conferência seguiu o tramite que envolve as etapas municipais, estaduais e nacional. Constituiu momentos ímpares de mobilização, reflexão e debate que analisou e avaliou a formulação de políticas públicas, de modo que, no contexto atual, são ainda mais, por se configurarem como uma das plásticas coletivas concretas de consolidação da democracia e da efetiva participação cidadã na construção de uma sociedade democrática, justa e solidaria.
Em seguida, aconteceu a palestra magna com o Médico Psiquiatra, Alexandre Barreto Freitas. Que falou dos avanços e desafios da saúde mental no município. E a perspectivas para o futuro.
No contexto, trabalhar com saúde mental expõe os trabalhadores a inúmeras tensões no seu cotidiano. Criar atividades de capacitação e educação permanente das equipes torna-se fundamental para evitar a burocratização e a ineficácia das práticas clínicas.
A discussão aconteceu a partir de quatro eixos temáticos:
I – Cuidado em liberdade com garantia de Direito a cidadania;
II – Gestão, financiamento, formação, e participação social na garantia de serviços de saúde mental;
III – Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade;
IV – Impacto na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia.
O debate da saúde mental com os diversos setores da sociedade foi salutar no atual cenário da Reforma Psiquiátrica, que indica novos desafios para a melhoria do cuidado em saúde mental no Brasil.A Conferência teve caráter inovador, já que o principal objetivo era abrir a discussão com a sociedade com ênfase nos direitos humanos, assistência social, educação, cultura, justiça, trabalho, esporte e lazer.
Por | Ascom