A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 15, a partir das 14 horas, o líder do movimento, João Pedro Stédile. Ele terá que prestar esclarecimentos sobre invasões de terra e ocupações promovidas pelo grupo. “O MST é um movimento social brasileiro que diz buscar a promoção da reforma agrária e lutar pelos direitos dos trabalhadores rurais sem terra. No entanto, suas declarações públicas e a realização de invasões de terra e ocupações podem levantar questões sobre possíveis ilegalidades”, afirma o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos que pediu a convocação de Stédile. O deputado Coronel Assis (União-MT) lembrou invasões ocorridas na Bahia e em Pernambuco em abril, logo após, manifestações do movimento em defesa da reforma agrária. Já o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse que o MST recebe apoio público e, por isso, a prestação de contas sobre suas atividades pode ser vista como um exercício de transparência. Ambos também pediram a oitiva de Stédile. O depoimento de Stédile tende a ser um dos últimos atos relevantes do colegiado, cuja investigação foi esvaziada na semana passada por ação do governo. Republicanos e Progressistas, que negociam espaço na Esplanada, trocaram seus integrantes por deputados mais alinhados ao governo. Patriotas e União Brasil, que já estão na base, fizeram o mesmo, garantindo maioria aos governistas e inviabilizando o avanço da apuração.
*Com informações da repórter Iasmin Costa.