Depoimentos à Polícia Federal (PF) por horas e horas. As longas oitivas feitas à Polícia Federal, nesta quinta-feira (31/8), por Mauro Cesar Barbosa Cid, Mauro Cesar Lourena Cid e Osmar Crivelatti são indicativos de que os depoentes finalmente estão contribuindo com as investigações sobre o desvio de joias do acervo da União durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PF marcou para esta quinta oito depoimentos simultâneos de investigados sobre o desvio de joias entregues ao Brasil durante viagens oficiais de Bolsonaro. A intenção dos agentes federais era evitar que os declarantes combinassem respostas sobre o caso.
Jair Bolsonaro e Mauro Cid
Jair Bolsonaro e Mauro Cid Reprodução
CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
Mauro Cid está preso no batalhão da Polícia do Exército Hugo Barreto/Metrópoles
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O general Lourena Cid: pai do ex-ajudante de ordens foi tragado para dentro da investigação Alesp/Divulgação
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Segundo-tenente Osmar Crivelatti Reprodução/Exército Brasileiro
O tenente-coronel Mauro Cid foi ajudante de ordens de Bolsonaro. Ele é apontado como responsável pela negociação das joias com lojas de luxo nos Estados Unidos.
Nesta quinta, Cid ficou cerca de 10 horas na sede da Polícia Federal, em Brasília. Não é a primeira vez que o tenente-coronel presta depoimento aos agentes federais durante várias horas.
Também no indicativo de colaborar com a Polícia Federal, Cid passou cerca de seis horas na sede da corporação respondendo a questionamentos sobre a suposta contratação do hacker Walter Delgatti Netto para invadir as urnas eletrônicas.
Em 28 de agosto, Mauro Cid prestou depoimento à PF ao longo de 10 horas. Na ocasião, o militar também falou sobre o suposto envolvimento do hacker com o Executivo.
Após sistema cair, Mauro Cid volta à PF para falar sobre ataque hacker
Apesar de não ter os horários de saída e entrada divulgados, o coronel da reserva Mauro Cesar Lourena Cid também teria respondido aos questionamentos da PF sobre o desvio de joias da Presidência.
Já o tenente Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República, também permaneceu por longas horas na sede da PF, em Brasília. O militar prestou depoimento durante oito horas, segundo os seus advogados.
Crivelatti é suspeito de guardar os itens de luxo na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília.
O militar também realizou visita ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na cadeia. Mauro Cid está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília desde maio.
Silêncio Também prestaram depoimento à PF Bolsonaro e a ex-preiemira-dama Michelle, os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef e o ex-assessor Marcelo Câmara. Todos optaram pelo silêncio durante as oitivas.