InícioEditorialPolítica NacionalLula defende taxação internacional para financiar desenvolvimento sustentável

Lula defende taxação internacional para financiar desenvolvimento sustentável

Durante a reunião conjunta das trilhas de Sherpas e de Finanças do G20, em Brasília, nesta quarta-feira, 13, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação de mecanismos de taxação internacional para financiar o desenvolvimento sustentável. Lula ressaltou a importância de reformar as instituições de governança e de financiamento global, de modo a garantir uma representação adequada dos países emergentes. Além disso, o presidente enfatizou a necessidade de equacionar a dívida externa dos países mais pobres, especialmente da África. “Os bancos multilaterais de desenvolvimento devem ser maiores, melhores e mais eficazes, destinando mais recursos, e de forma mais ágil, para iniciativas que realmente façam a diferença. A tributação também é essencial para corrigir disparidades socioeconômicas entre países e dentro deles. Sistemas tributários justos baseiam-se na progressividade e na transparência. Incidem não apenas sobre a renda, mas também sobre a riqueza, e coíbem a evasão fiscal dos super ricos”, disse Lula.

Outro ponto abordado pelo chefe do Executivo foi a destinação de mais recursos pelos bancos multilaterais de desenvolvimento para iniciativas que realmente façam a diferença. Ele defendeu que esses recursos sejam disponibilizados de forma ágil. O presidente também ressaltou a importância de sistemas tributários justos e transparentes, que contribuam para a promoção da igualdade.“Cerca de setenta países, muitos deles na África, estão insolventes ou próximos da insolvência. Quase metade da população mundial, 3,3 bilhões de pessoas, vive em países que destinam mais recursos para o pagamento do serviço da dívida do que para a educação ou a saúde”. Além disso, Lula destacou a necessidade de aprimorar os mecanismos de financiamento climático e promover a transição energética. “O acesso a tecnologias é fundamental não só para uma transição energética justa, mas também no campo digital. Queremos expandir capacidades em áreas como Inteligência Artificial, inclusive em termos de infraestrutura computacional. Serão necessárias diretrizes claras e coletivamente acordadas para o uso dessa ferramenta. O mundo não pode repetir, no tratamento da Inteligência Artificial, a divisão entre países responsáveis e irresponsáveis que uma vez marcou as discussões sobre desarmamento e não-proliferação”, afirmou o presidente.

 

 

 

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