Nesta quinta-feira, 17, o ministro das Relações Institucionais falou sobre as mudanças que visam integrar indicados do Progressistas e do Republicanos no governo em troca de apoio no Congresso
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Alexandre Padilha é o ministro das Relações Institucionais do governo Lula (PT)
A reforma ministerial promovida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para obter mais apoio no Congresso Nacional tem começado a tomar forma nos bastidores. Uma das alternativas prováveis para as mudanças, de acordo com a apuração da Jovem Pan News, é que o Republicanos indique um nome para o Ministério de Portos e Aeroportos e o Progressistas (PP), para o novo Ministério da Micro e Pequena Empresa, que será criado com atribuições retiradas do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. O partido de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, ainda ficaria com a presidência da Caixa Econômica Federal. Neste cenário, não haveria mudanças no Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família e que continuaria com Wellington Dias (PT). Nesta quinta-feira, 17, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), falou que Lula deve bater o martelo sobre as mudanças antes de sua viagem à África do Sul para a Cúpula dos Brics, marcada para o próximo domingo, 20.
“Estava tratando com ele de manhã cedo e disse: ‘Temos que tomar algumas decisões porque domingo o senhor já está indo, vai ficar uma semana toda fora com uma agenda importante’. São os Brics, uma agenda importante da CPLP, da retomada da cooperação do Brasil com o continente africano, volta e logo depois já tem o G20 e logo depois o Brasil assume a presidência do Mercosul (…) A gente não fortalece essa agenda internacional sem envolver, para além da diplomacia, os atores políticos, econômicos e sociais”, afirmou Padilha. Lula e Lira já teriam chegado a um consenso sobre os indicados para a entrada do Progressistas e do Republicanos no governo: André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos). No entanto, em ambas as legendas existe resistência interna sobre integrar a base governista.
*Com informações do repórter André Anelli