Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/Arquivo
O presidente Lula 24 de outubro de 2023 | 06:38
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve sacramentar nesta semana a nomeação de um indicado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a presidência da Caixa Econômica Federal, segundo previsão de auxiliares palacianos.
Lira indicou um funcionário de carreira do banco, Carlos Antônio Vieira Fernandes, para suceder a atual presidente da Caixa, Rita Serrano. Segundo colaboradores do presidente, já estaria acertada a nomeação de Fernandes.
No entanto, na reunião em que fecharão os detalhes, Lula e Lira deverão discutir o futuro da vice-presidência de Habitação Social, que coordena pagamentos do Minha Casa, Minha Vida. Hoje o posto é ocupado por Inês Magalhães.
Petistas defendem a permanência de Magalhães, que goza da confiança do presidente. Porém, integrantes do centrão e aliados de Lira reivindicam a troca de comando nessa vice-presidência.
Pessoas próximas ao presidente da Câmara dizem que agora não há tanta objeção à ideia de manter Magalhães no cargo.
Fernandes é paraibano, economista, integra os quadros do banco, foi diretor-presidente da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), o fundo de pensão da Caixa, e comandou ministérios em gestão petista.
Ele chegou à secretaria-executiva do Ministério da Integração Nacional em 2012, quando o PP ocupou a pasta. O ministro era Aguinaldo Ribeiro, que também é da Paraíba e aliado de Lira.
Então líder do PP, Lira teria participado da escolha de Fernandes para a pasta, no governo Dilma Rousseff (PT).
No fim de 2013, ainda durante gestão de Aguinaldo, Fernandes foi secretário-executivo do Ministério das Cidades e seguiu no posto quando Gilberto Occhi, também ligado ao PP, tornou-se ministro.
Na mesma função, Fernandes acompanhou a ida de Occhi para a pasta da Integração Nacional, em 2015. Era o primeiro ano do segundo mandato de Dilma.
Ele chegou a assumir interinamente o cargo de ministro das Cidades e da Integração. Mas foi demitido por Dilma no momento em que o PP começava a desembarcar do governo para apoiar o processo de impeachment, que culminou com a queda da petista em 2016.
Folhapress
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